La double fonction de la pause dans l’activité d’accueil en face a face : instrument de résolution de conflits et renovation du genre

La recherche se développe dans une agence d’accueil au public. Les accueils sontréalisés en face à face et demandent de la part du travailleur des échanges discursifs quitraitent de la non-réalisation des services sollicités ou du non-respect des délais. La tension estexplicite. Faire face à ces sit...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Soares Guimarães, Raquel
Other Authors: Paris, CNAM
Language:fr
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://www.theses.fr/2012CNAM0798/document
Description
Summary:La recherche se développe dans une agence d’accueil au public. Les accueils sontréalisés en face à face et demandent de la part du travailleur des échanges discursifs quitraitent de la non-réalisation des services sollicités ou du non-respect des délais. La tension estexplicite. Faire face à ces situations de réclamation du public contre l’entreprise, légitimes ounon, fait que les réceptionnistes maintiennent un effort mental intense et prolongé.L’objectif général de la thèse est d’avancer un peu plus dans la singularité des sujets ensituation de travail et de contribuer à ce que les travailleurs puissent se développer ettransformer l’activité dans le but de diminuer les conflits dans l’accueil et, par conséquent,l’affection mentale.Nous cherchons donc une théorie et une pratique qui puissent mieux contribuer à révélerle sens des situations à partir de l’appréhension des expériences subjectives desréceptionnistes. Avec le concept d’ « activité empêchée », dans laquelle les conflitsintrasubjectifs se font présents, nous cherchons comme fil conducteur la clinique de l’activité.Dans ce processus, nous utilisons la méthode de l’auto-confrontation croisée, c'est-à-dire quepar le biais des discussions, des contradictions, dans des situations vécues dans le collectif, lestravailleurs pourraient parvenir à la reconstruction des sens de la propre activité.C’est à partir du terrain de travail, du matériel empirique recueilli dans les autoconfrontationssimples et croisées, qu’a surgi un « instrument » qui a joué le rôle de fil àdérouler : la pause au cours de la journée de travail. Et à partir de la pause, nous cherchons àparvenir aux conflits de l’activité et au possible développement des travailleurs dans l’activité.D’une manière générale, on peut dire que notre objectif est devenu une double questionde la fonction de la pause, d’un côté en tant qu’instrument de développement de l’activité, del’autre en tant qu’objet de reprise du travail à partir du collectif, pour la rénovation du genre.Dans ce problème apparemment simple se concentrent de fortes tensions de l’activité en faceà face, aussi bien individuelle (intrasubjective) que collective (intersubjective) de travail, quipeuvent révéler tout le potentiel de développement des travailleurs dans cette même activité. === The research was developed at a client service agency. The services are carried outface to face and demand from the employee discursive exchanges dealing with the failure tocarry out the requested services or non compliance with deadlines. Tension is explicit.Dealing with situations of complaints from the public against the company, whether thesecomplaints are legitimate or not, makes the attendants exercise continuous and long mentalefforts.The general goal of this research is to advance further in the understanding of thesingularity of the subjects in a work situation and contribute for the workers to be able todevelop and transform the activity, aiming at reducing conflicts during service and, as aconsequence, reducing mental sickness.A theory and practice which may contribute to reveal the meaning of the situationsfrom the apprehension of the subjective experiences of the clerks is then sought. With theconcept of “prevented activity", in which intrasubjective conflicts are present, we search theclinic of the activity as a conducting line. In this process we utilize the method of cross selfconfrontation, that is, by means of the discussions and contradictions in situations experiencedcollectively, the workers might be able to reconstruct the meanings of the activity itself.It was from this work field, from the empirical material collected in the simple andcross self confrontations, that an “instrument” arose to serve as a yarn to be unfolded: Thebreak during the work. And from the break we attempt to get to the conflicts of the activityand to the possible development of the workers in the activity.In a general way, we can say that our objective became the double question of thefunction of the break, on the one hand an instrument of activity development, and on the otheran object of work restart from the collective for gender renewal. In this apparently simpleproblem, strong tensions from the face-to-face activity are concentrated, both individual(intrasubjective) and collective (intersubjective), which may reveal the whole potential ofdevelopment of the workers in this same activity. === A pesquisa se desenvolve em uma agência de atendimento a clientes. Os atendimentos são realizados face a face e demandam do trabalhador trocas discursivas que tratam da não realização dos serviços solicitados ou do não cumprimento dos prazos. A tensão é explícita. Lidar com situações de reclamação do público contra a empresa, legítimas ou não, faz com que os atendentes mantenham um esforço mental intenso e prolongado. O objetivo geral da pesquisa é avançar um pouco mais na singularidade dos sujeitos em situação de trabalho e contribuir para que os trabalhadores possam se desenvolver e transformar a atividade com o intuito de diminuir os conflitos no atendimento e, conseqüentemente, o adoecimento mental. Buscamos, então, uma teoria e prática que melhor pudessem contribuir para revelar o sentido das situações a partir da apreensão das experiências subjetivas dos atendentes. Com o conceito de "atividade impedida", na qual os conflitos intrassubjetivos se fazem presentes, buscamos como fio condutor a clinica da atividade. Nesse processo, utilizamos o método de autoconfrontação cruzada, ou seja, por meio das discussões, das contradições, em situações vivenciadas no coletivo os trabalhadores poderiam chegar à reconstrução dos sentidos daprópria atividade. Foi a partir do campo de trabalho, do material empírico colhido nas autoconfrontações simples e cruzada, que surgiu um «instrumento» que serviu como um fio de novelo a ser desenrolado: a pausa durante a jornada de trabalho. E, a partir da pausa, buscamos chegar aos conflitos da atividade e ao possível desenvolvimento dos trabalhadores na atividade. De forma geral, pode-se dizer que nosso objetivo passou a ser a dupla questão da função da pausa, de um lado como instrumento de desenvolvimento da atividade, de outro como objeto de retomada do trabalho a partir do coletivo para renovação do gênero. Nesse problema aparentemente simples concentram-se fortes tensões da atividade face a face, tanto individual (intrassubjetivas), quanto coletiva (intersubjetivas) de trabalho, que podem revelar todo o potencial de desenvolvimento dos trabalhadores nessa mesma atividade.