Advento da emancipação humana pelo estatuto das redes ciberculturais de aprendizagem colaborativa

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, 2015. === As redes ciberculturais de aprendizagem colaborativa consolidam uma pedagogia engajada com o projeto de emancipação humana. A pesquisa empreendeu um Estudo de Caso composto de Análise d...

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Bibliographic Details
Main Author: Araújo, Romes Heriberto Pires de
Other Authors: Teles, Lúcio França
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/18789
http://dx.doi.org/10.26512/2015.04.T.18789
Description
Summary:Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, 2015. === As redes ciberculturais de aprendizagem colaborativa consolidam uma pedagogia engajada com o projeto de emancipação humana. A pesquisa empreendeu um Estudo de Caso composto de Análise de Redes Sociais, atividades de observação e entrevistas semiestruturadas. Sustenta-se o estudo em uma epistemologia materialista histórico-dialética. Buscou reconhecer – nas contradições do uso pedagógico das tecnologias educacionais, em ambientes virtuais de aprendizagem situados no ciberespaço – as manifestações emancipatórias decorrentes de práticas sociais intersubjetivas, críticas, autônomas e colaborativas, identificando as posturas individualistas, mecânicas e orientadas pela técnica, que se inserem nos projetos ideológicos de fetichização das tecnologias e reificação do homem. O cenário educacional identificado é o de simulacro do mundo fabril e de fragmentação das competências humanas, em que o automatismo e a mimese são amplamente defendidos pelos mecanismos de comunicação e incorporados por práticas de ensino que cultuam a individualidade, desengajadas de qualquer projeto emancipatório. A alternativa a esse modelo alienante é constituída por ações pedagógicas que aspirem à autonomia e promovam uma alternativa reformadora da realidade. Considerando que a educação seja uma construção social, é imprescindível o incentivo de práticas colaborativas em detrimento daquelas que fomentam a competitividade. No contexto da sociedade da Informação e dos avanços do campo multidisciplinar da cibernética, a melhor alternativa para esse projeto pedagógico transformador adota as redes cibernéticas como um importante recurso de consolidação da aprendizagem significativa no contexto social da colaboração. Isso aduz duas veredas possíveis para a pedagogia: a linha instituída orientada à preparação do indivíduo para a lide dos desafios programáticos dos mundos do trabalho e do consumo ou o caminho emancipatório da pedagogia orientada à autonomia. Essa dualidade é estudada na particularidade de dois cursos online ministrados à distância em ambientes de aprendizagem em rede. São analisados os conteúdos produzidos, as interações, as opiniões e os comportamentos dos estudantes matriculados e dos demais envolvidos nesse processo. Através da Análise de Redes Sociais, o trabalho erigiu uma análise sociométrica capaz de identificar se a arquitetura da rede de aprendizagem revela características compatíveis com estruturas distribuídas, típicas em redes efetivamente colaborativas, ou centralizadas, para os modelos tradicionais de relacionamentos. Foi possível, ainda, identificar o fluxo informacional dentro dessas redes e o papeis que cada participante possui nesse ordenamento coletivo. Observou-se que as redes estudadas eram centralizadas na figura do docente como fonte de novas informações e no tutor como principal receptor das respostas dos alunos. Aqueles dois ocuparam posição mais central no mapa da rede, dispondo os alunos em posições mais centrífugas e, em geral, isolados entre si. A falta de interações entre os próprios membros da rede e a consequente criação de gargalos comunicacionais inviabilizaram a autonomia e a produção colaborativa em sentido coletivo. Tudo foi corroborado qualitativamente em análise ulterior, tanto na atividade de entrevista dos sujeitos como na análise de conteúdo empreendida nos fóruns e nos espaços potencialmente colaborativos, dentro de nove dimensões características de um ambiente de aprendizagem colaborativa. A Educação crítica assegura a tecnologia como suporte às necessidades humanas e não como fim. === Collaborative learning in networks inserted in cyberculture consolidate a pedagogy committed with the human emancipation project. This Research undertook a Case Study composed of Social Network Analysis, observation and semi-structured interviews. It took a historical and dialectical materialist epistemology. Considering contraditions in educacional use of technologies, it tried to identify emancipatory demonstrations arising from inter-subjective, critical, autonomous and collaborative practices. The goal was to identify individual minded mechanical postures and other manifestations guided by technique, which can lead to “fetish-character in technology and the process of man reification. This educational scenario is the simulacrum of the industrial world and it represents the fragmentation of human skills. In this case, automation and mimesis are widely promoted by Media and it taken on single-minded teaching practices, away from emancipatory project. The alternative to this alienating model consists on pedagogical actions that aspire to autonomy and promote a reforming alternative reality. Considering Education as a social construct, it is essential supporting collaborative practices. In the context of the Information Society and considering the advances of the multidisciplinary field of cybernetics, the best alternative for this transformative educational project is to ponder cyber networks as an important resource on consolidation of meaningful learning in a collaboration environment. This raises two possible paths for pedagogy: the usual preparation of the individuals for the world of work and creation of a consumption mind or the emancipatory oriented action. This duality was studied in two online courses provided by learning environments. All of the produced content was analyzed, including interactions, opinions and behaviors of enrolled students and users. Through Social Network Analysis, a sociometric study had taken place. It provided networks architecture, revealing features that show how effectively collaborative these networks are. Thus, it was also possible to identify the information flow inside of these networks and which roles each participant had in it. The networks studied were centered on the figure of the teacher as a source of new information and the same happened with tutor, but now, as the main recipient of students’ responses. Those two members occupied a more central position and students were outsiders. Lack of interactions between members of the network and the consequent creation of communication bottlenecks made it impossible to raise autonomy or collaborative sense. Everything was qualitatively confirmed at a later analysis, both in the interview activity of the subjects and the content analysis undertaken from the forums and potential collaborative spaces. Education provides the technology to support human needs and not to become as a target itself.