Atividade antimicrobiana in vitro de extratos de plantas medicinais sobre patógenos de origem alimentar (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Salmonella Typhimurium)

Os patógenos de origem alimentar constituem um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, responsáveis por prejuízos com custos médicos, morbidade e mortalidade. O surgimento de cepas microbianas resistentes a uma grande variedade de antibióticos tem agravado o problema, o que evidencia a nece...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Marcela Mona Sá
Other Authors: Pimenta, Raphael Sanzio
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Tocantins 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11612/289
Description
Summary:Os patógenos de origem alimentar constituem um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, responsáveis por prejuízos com custos médicos, morbidade e mortalidade. O surgimento de cepas microbianas resistentes a uma grande variedade de antibióticos tem agravado o problema, o que evidencia a necessidade de descoberta de novos compostos com atividade antimicrobiana. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil fitoquímico e potencial antimicrobiano in vitro de extratos vegetais de três plantas medicinais coletadas no Estado do Tocantins sobre micro-organismos frequentemente relacionados com toxinfecções alimentares. Foram coletadas amostras de folha e entrecasca de Parkia plathycephala Benth, Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk e Lophantera lactescens Ducke e elaborados extratos brutos aquosos e hidroalcoólicos dos vegetais. Os extratos obtidos foram submetidos a avaliações fitoquímicas para identificação de seus compostos bioativos e solubilizados em solução de Dimetilsulfóxido (DMSO) a 1% na concentração de 25 mg/mL, solução estoque, para o teste de atividade antimicrobiana, na qual foram determinadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) pelas técnicas de microdiluição em caldo e de observação de crescimento da bactéria em placas de ágar Mueller Hinton, respectivamente, utilizando concentrações de extratos de 12,5; 6,25; 3,12; 1,56; 0,78; 0,39; 0,19 e 0,09 mg/mL frente as cepas de Escherichia coli ATCC 25922, Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Salmonella Typhimurium ATCC 14028. Os resultados da análise fitoquímica dos extratos revelaram que as folhas da espécie L. lactescens foram as que obtiveram menor presença de compostos bioativos em sua composição, ácidos orgânicos, saponinas e taninos, ao passo que a entrecasca dessa espécie e as demais plantas apresentaram também os compostos catequinas, sesquiterpenlactonas e antraquinonas, este último exceto na espécie P. plathycephala. Quanto à atividade antimicrobiana as três espécies de plantas apresentaram-se ativas, sendo o S. aureus o micro-organismo mais sensível aos extratos. E. coli e Salmonella foram inibidas somente com a aplicação de extratos da entrecasca da P. plathycephala. Dessa forma, foi possível concluir que as três espécies de plantas avaliadas demostraram ser promissoras para o desenvolvimento de novos produtos com atividade antimicrobiana, sendo que a espécie P. plathycephala apresentou um maior espectro de ação. === Pathogens foodborne are one of the most important problems in public health in the world, responsible for losses with medical costs, morbidity and mortality. The emergence of microbial strains resistant to a wide variety of antibiotics have exacerbated the problem, highlighting the need for discovery of new compounds with antimicrobial activity. Thus, the aim of this study was to evaluate the phytochemical profile and antimicrobial potential in vitro of plant extracts of three medicinal plants collected in Tocantins State on often microorganisms related to food poisoning. Leaf samples were collected and inner bark of Parkia platycephala Benth, Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk and Lophantera lactescens Ducke and elaborate hydroalcoholic and aqueous extracts of vegetables. The extracts were subjected to phytochemical evaluation for the identification of their bioactive compounds, solubilized in dimethyl sulfoxide solution (DMSO) at 1% concentration 25 mg/mL, stock solution, for the antimicrobial activity test, which were determined minimum inhibitory concentration (MIC) and bactericidal concentration Minimum (CBM) by microdilution techniques in broth and bacterial growth observation on agar plates Mueller Hinton, respectively, using extracts concentrations of 12.5; 6.25; 3.12; 1.56; 0.78; 0.39; 0.19 and 0.09 mg / mL front strains of Escherichia coli ATCC 25922, Staphylococcus aureus ATCC 25923 and Salmonella Typhimurium ATCC 14028. The results of the phytochemical analysis revealed that extracts of the leaves of the species L. lactescens obtained were smaller the presence of bioactive compounds in its composition, organic acids, tannins and saponins, while the inner bark of the species and other plants also showed the compounds catechins, sesquiterpenlactonas and anthraquinones, the latter except in the species P. plathycephala. The antimicrobial activity of the three species of plants had become active, with S. aureus more susceptible microorganism to the extracts. E. coli and Salmonella were inhibited only with extracts application of the inner bark of P. plathycephala. Thus, it was concluded that the three species of plants evaluated have shown to be promising for the development of new products with antimicrobial activity, and the specie P. plathycephala presented a greater spectrum of action.