Summary: | This work is inserted in the line of teachers education and presents the research carried out with three elementary school teachers who work with students with special needs. They are included in the regular classroom in a public school from Santa Maria, RS. The inclusion became a challenge mainly for teachers that are not graduated in Special
Education. In this way, one searched an approximation in the
representation of these teachers in relation to the school inclusion by aiming to understand the construction of teachers knowledge in this context. The social imaginary served as theoretical support by making possible to know instituted images and images which institute in the
teachers representations. The used methodology was based on memory, an essential instrument in the work with Life History because it promotes the resumption of experiences during the education journey. With this investigation, one noted that, although the collaborator teachers do not
have professional knowledge concerning the deficiencies, they construct experienced knowledge before the needs that arise daily. It means that teachers learn to work with the included students in the everyday professional practice and experience. Besides that, one perceived the influence of another two factors over the learning of those teachers facing
the inclusion: interaction with colleagues and time. The interaction they establish with colleagues and mainly with the special educators from the school is fundamental in order to change information and knowledge aiming as well as to elaborate teaching strategies. Teachers knowledge is
a temporal construction and teaching supposes learning and dominating progressively the knowledge to work. To work with included students is also a construction crossed by temporality and learning. Besides, one noted that school could be thought as a space/time of education involving
everyone in the inclusion process. === Este trabalho se insere na linha formação de professores e
apresenta a pesquisa realizada com três professoras de ensino
fundamental que trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais incluídos no ensino regular de uma escola pública do município de Santa Maria, RS. A inclusão tornou-se um desafio, principalmente para os docentes que não possuem formação em Educação Especial. Desse
modo, buscou-se uma aproximação das representações dessas
professoras visando compreender a construção dos saberes docentes neste contexto. O Imaginário Social serviu de suporte teórico possibilitando conhecer imagens instituídas e instituintes nas representações das professoras. A metodologia utilizada pautou-se na memória, instrumento essencial no trabalho com História de Vida, promovendo a retomada do vivido durante os percursos de formação.Com
esta investigação, constatou-se que apesar de não possuírem saberes profissionais referentes às deficiências as professoras colaboradoras constroem saberes experienciais diante das necessidades que surgem na prática diária. Isso quer dizer que elas aprendem a trabalhar com alunos incluídos na prática da profissão, com a experiência. Além disso, percebeu-se a influência de outros dois fatores na aprendizagem dessas
professoras frente à inclusão: a interação com os colegas e o tempo. As interações que estabelecem com os colegas e principalmente com as educadoras especiais da escola são fundamentais para troca de informações e objetivação de saberes, bem como para elaboração de estratégias de ensino. O saber docente é uma construção temporal, e ensinar supõe aprender a dominar progressivamente os saberes para o
trabalho. Trabalhar com alunos incluídos é também uma construção atravessada pela temporalidade e pela aprendizagem. Além disso, constatou-se que a escola pode ser pensada como espaço/tempo de formação envolvendo a todos no processo de inclusão.
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