Summary: | Two experiments were conducted to evaluate changes in chemical composition on kikuyu Pennisetum clandestinum hay cut with 50, 70 and 90 days of regrowth, and its effect on intake, digestibility, ruminal fermentation and passage kinetics of solid phase through gastrointestinal tract (Experiment 1) and oxygen utilization by the portal system (Experiment 2) in sheeps. Six and three castrated lambs, mean live weight of 35 ± 3 kg and 33 ± 3 kg were used, in a Double 3 X 3 Latin Square and in a Latin Square experimental design in experiment 1 and 2, respectively. These animals were chronically catheterized in portal and mesenteric veins. Experimental diets were hay fed twice a day ad libitum . Intake of hay components linearly decreased (P<0,05) with the increase of the regrowth age of the plant with the ecxeption of indigestible neutral detergent fiber (NDFi), acid detergent fiber (ADF) and cellulose that were similar between treatments (P<0,05). Aparent digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM) and neutral detergente fiber (NDF) were similar between treatments (P<0,05). Nitrogen intake and retention linearly decreased (P<0,05) with the increase of regrowth age of kikuyu but N digestibility and urinary excretion were similar between treatments. Protein synthesis and eficiency were quadratically related (P<0,05) with the regrowth age of kikuyu with maximum values on hay of 70
days. Aminoacids concentrations were similar while N-amonia concentration linearly decreased and (P<0,05) sugar and peptides concentrations were quadratically related (P<0,05) with the regrowth age of kikuyu. The kinetic of solid phase and retention time through the astrointestinal tract were similar between treatmens. Of the parameters that defines the nutritional value of the forage, only intake was correlationated with regrowth age. However, this relationship was not explained for the rate of passage of the solid phase or the hay digestibility. Around 4 5 % of the consumption of energy metabolic was liberated as heat by the organs that compose the portal system, but there was not relation between oxygen consumption and regrowth age. These results indicates that other than dietetic factors, like oxygen disponibility, also can affect oxygen utilization by the tissues. === Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar a mudança na composição química do feno de quicuio (Pennisetum clandestinum) cortado com 50, 70 e 90 dias de rebrota, e, avaliar seu efeito sobre o consumo, digestão,
fermentação ruminal, a taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo (Experimento 1) e a utilização do oxigênio pelo sistema portal em ovinos (Experimento 2). No 1º experimento, foram utilizados seis ovinos machos castrados, com peso vivo (PV) médio de 35± 3 kg, num delineamento duplo quadrado Latino 3 X 3, e no 2º experimento foram utilizados três ovinos machos castrados com PV de 33 ± 3 kg. Nestes animais foram implantados catéteres permanentes nas veias porta e mesentérica. As dietas experimentais foram constituídas de feno fornecido duas vezes ao dia em quantidades suficientes para haver sobras de 10 a 20% do oferecido. O consumo dos vários componentes do feno diminuíram linearmente com
o avanço da idade de rebrote da planta (P<0.05), com exceção dos consumos de fibra em detergente neutro indigestível (FDNi), fibra em detergente neutro (FDA) e
celulose, que foram similares nos diferentes tratamentos (P<0.05). A digestibilidade aparente da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), FDN assim como a digestibilidade verdadeira da MO, não foram influenciados pela idade de rebrote da planta. O consumo e a retenção de nitrogênio (N) diminuíram linearmente (P<0,05) com o aumento da idade de rebrote da planta, mas a digestibilidade e a excreção
urinária de N foram similares entre os tratamentos. A síntese protéica microbiana e a eficiência microbiana variaram quadraticamente (P<0,05). A concentração de aminoácidos foi similar, mas a concentração de amônia diminuiu linearmente e, as concentrações de açúcares e peptídeos assim como o pH, variaram quadraticamente (P<0,05), com o aumento da idade de rebrota da forrageira, sendo os máximos valores observados nos animais que receberam feno de 70 dias de rebrote. Os parâmetros de cinética de passagem foram similares nos diferentes tratamentos. Dos parâmetros que definem o valor nutritivo da forragem, apenas o consumo foi relacionado com a idade de rebrota da planta. No entanto, esta relação não foi explicada nem pela taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo nem pela digestibilidade da forragem. A produção de calor portal representou 4 a 5% do
consumo da EM do feno, mas não houve uma relação clara entre gasto de oxigênio e idade de rebrota da planta. Os resultados indicam que fatores não dietéticos, como a disponibilidade de oxigênio, também podem afetar a utilização deste metabólito pelos tecidos.
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