Summary: | A medida que o comércio internacional de alimentos torna-se global também a necessidade de explorar a estrutura organizacional, as mudanças da cadeia da carne bovina, além de seus processos e fatores de risco. Dessa forma, este trabalho aborda a discussão de dois países emergentes, a China e o Brasil, no comércio de carne bovina, que cresceu em apenas um ano para tornar-se o principal canal do produtos no setor global de carne bovina. Em outras palavras, a pesquisa revela diretrizes, facilitadores e as barreiras do comércio entre um dos maiores exportadores de carne bovina e importadores em todo o mundo. Como primeira etapa deste estudo foi realizado uma revisão sistemática de como o setor de carne chinês é conduzido. Literatura científica e base de dados em língua chinesa e inglesa foram utilizadas para avaliar a situação emergente, desde a produção da carne bovina até suas mais recentes dinâmicas e tendências de consumo, da maior economia da Ásia. O resultado revelou que a China, devido aos seus sistemas fragmentados de agricultura, processamento e logística, e além dos esforços governamentais para aumentar a produção em grande escala, não é capaz de atender o rápido aumento da sua população. Assim, os países, capazes de produzir e fornecer produtos seguros de carne bovina em grande escala como o Brasil, têm a possibilidade de maximizar seus rendimentos por longo prazo com esse mercado. Consequentemente, a recente cadeia de suprimento sino-brasileira é observada com grande importância a fim de estimar sua possibilidade de atender à lacuna do mercado de carne bovina e tendências de consumo criado pela produção chinesa. Os resultados demonstram um mapa detalhado da cadeia de suprimento de carne bovina sino-brasileira, e determinam a escassez de informações e desatualização da cadeia as quais são questões relevantes entre todos os países interessados neste mercado. Portanto, isto é consequência direta de um sistema económico de rastreabilidade implantado que não é um sistema da segurança baseado em compartilhamento e transparência da informação entre os países, sendo mais um mecanismo de controle fundamentado em impostos e taxas. Essas duas principais particularidades levam a um canal de comércio que pode ser destruído de qualquer grande impacto externo ou interno da cadeia de suprimentos. Assumindo que a assimetria da informação é um dos principais fatores de riscos internos da cadeia, uma visão mais detalhada foi destinada aos estudo das suas causas e circunstâncias. Desta forma, foi desenvolvida uma pesquisa com questionários e entrevistas para caracterizar a disponibilidade de informações e suas transferências em uma das partes mais cruciais e complexas da cadeia de suprimentos, nos frigoríficos brasileiros. Como resultado observamos que o tamanho das empresas frigoríficas e suas exigências em relação ao envolvimento com exportações e familiaridade com o mercado Chinês estão limitados não são relevantes no conhecimento das empresas brasileiras. Esses resultados surgem da falta da centralização da informação, e da falta dessa, em caso da existência da informação de ser não atualizada e confiável. Como consequência direta, os frigoríficos brasileiros precisam investir muito (financeiramente, em recursos humanos, tempo, etc.) para obter informações de um segmento a outro, e aprender sobre o seu maior mercado consumidor externo. Como conclusão, as informações sobre o mercado chinês se tornam um fator competitivo as empresas, e impedem o marketing baseado no origem do país. Ademais a escassez da informação se torna um grande fator de risco para cada participante da cadeia devido ao volume negociado. Portanto, o melhoramento do sistema recente e existente de rastreabilidade torna-se novamente um fator crucial para o elo entre as cadeias. Após uma descrição detalhada dos fatores de risco internos da cadeia de suprimentos e conhecendo a importância dos fatores externos da cadeia da carne, uma abordagem de nível macro foi realizada com o objetivo de revelar as diferenças relevantes entre os países que causam um efeito na cadeia sino-brasileira. Após a análise de dados secundários, as diferenças observadas a partir da distância entre os países obtidas em entrevistas com a adida agrícola brasileiro à China e com o diretor da agências de exportação brasileiro em Pequim, descobriu-se que distâncias culturais e politicais são os principais condutores de complicações tanto a nível governamental como do setor privado. Este descobrimento, embora que não impeça o fluxo de comércio neste momento, desaceleram consideravelmente o fornecimento de suprimentos, e com isso retiram a ligação dos participante atuais desta cadeia e a entrada de novos participantes em todos os segmentos da cadeia. Como resultado desta pesquisa, sugerimos o aperfeiçoamento do sistema de rastreabilidade já existente com mecanismos adequado, seguros e de baixo custo. Além disso, também sugerimos a construção de uma plataforma de informação comum entre os elos da cadeia com a intenção de melhorar o marketing e, consequentemente, a confiança nos produtos brasileiros de carne bovina na China. A implementação de ações governamentais para implementar e viabilizar o aperfeiçoamento do comércio resiliente e sustentável dos produtos de carne bovina entre os países é de fundamental importância, beneficiando assim tanto o setor da cadeia da carne bovina brasileiro e chinês como fortalecendo os laços governamentais entre os países.
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