Design de interação nos games: projetar como operação tradutora para a comunicação ser humano-máquina

Made available in DSpace on 2016-04-26T18:18:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alexandre Santaella Braga.pdf: 8065630 bytes, checksum: 5fa997c61f83ac2b1c9528640700b1d7 (MD5) Previous issue date: 2010-05-12 === This research is turned to one of the most crucial questions of digital design that, as I...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Braga, Alexandre Santaella
Other Authors: Cesarotto, Oscar Angel
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/5284
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-26T18:18:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alexandre Santaella Braga.pdf: 8065630 bytes, checksum: 5fa997c61f83ac2b1c9528640700b1d7 (MD5) Previous issue date: 2010-05-12 === This research is turned to one of the most crucial questions of digital design that, as I see it, is concerned with the problem of interactivity. It is not casual that this has been the great and most repeated subject when communication design is in focus. Interaction design in digital media is a process in which a tool is planned in order to give support to some task, so that an efficient communication between user and machine can occur. Being the design of a tool, there should be a concern about the object being functional and adequate to usage. At the same time it has to be appealing in the sense of causing pleasurable visual, cognitive and emotional sensations. In design my emphasis goes to the process of production: which are the factors that have to be taken into account for the realization of an interaction design? This is the main problem of this research which directed the goals of this work toward the systematization of these factors. I believe that game design is the one which takes further the factors that are implicated in an interaction design. This presupposes the question of interfaces which, in this context, means the communicative negotiable space without which a game could not happen. An interface is the more effective the more is is able to produce an immediate decodification of the signs which are capable of inciting action, that is, the game mechanics. Hence, interaction is thought of as the form by which the user becomes not only a user but a player, someone who acts with the sensation that something is at stake and the results of the interactions may create an emotional approximation. My hypothesis is that an interaction design is not merely a representation or transposition from a physical to a simulated reality. Much more complex than this, the designer has to make a translation of the physical actions to be accomplished in the simulated environment. This operation is necessarily an intersemiotic operation (Plaza, 1987), since it involves a set of systems of signs in a hybrid language such as hypermedia. The theories which give support to this work are the ones that discuss the general question of interactivity, such as Steven Johnson (2001), Jenny Preece (2005), Allan Cooper et al. (2007), Goodwin (2009). Specific theories in the field of games are Tracy Fullerton (2004), Jesper Juul (2004) e Jesse Schell (2008). These found my hypothesis that the process of interaction in digital design is a special type of communication act which is manifested as a result of the desiger translation of actions that are realized in a physical environment. This communication process is special because it presupposes that the design is able to incite action. Hence a communication process that is resolved in the immediate action of the player. The methodology is based on the theoretical concepts, which were tested in my experience with games and my teaching activity turned to game design along the years. All this converged to the thesis that is defended in this work which conceives of interaction design as an operation of translation === A presente pesquisa está voltada para uma das questões mais cruciais do design digital que, a nosso ver, se coloca no problema da interatividade. Não por acaso, este tem sido o grande tema, invariavelmente repetido, quando se fala da comunicação digital. O design de interação em mídias digitais é um processo no qual se projeta uma ferramenta para dar suporte a alguma tarefa, de forma que ocorra a comunicação eficaz entre usuário e máquina. Por ser o design de uma ferramenta, há uma preocupação com que o objeto seja funcional e adequado ao uso, ao mesmo tempo em que possa ser fruido no sentido de causar sensações prazerosas, sejam elas visuais, cognitivas ou emocionais. Dentro do design, colocamos ênfase no processo de produção: quais são os fatores que devem ser levados em conta para a realização de um design de interação? Eis o problema que esta pesquisa se colocou, direcionando os objetivos do trabalho para a sistematização desses fatores. Acreditamos que o design de games é aquele que leva mais longe os fatores implicados na realização de um design de interação. Este pressupõe a questão da interface que, nesse contexto, significa o espaço de negociação comunicacional, sem o qual o jogo não poderia acontecer. A interface é tanto mais eficaz quanto mais conseguir produzir a imediata decodificação dos signos capazes de incitar a ação, ou seja, a mecânica do jogo. Assim, a interação é pensada como a forma com que o interator se torna, além de um usuário, um jogador, que realiza a sua ação com a sensação de que há algo em jogo e os resultados de suas interações possam criar uma aproximação emocional. Para que isso aconteça, nossa hipótese é a de que a realização de um design de interação para games não é simplesmente uma representação ou transposição de uma realidade física para uma realidade simulada. Bem mais complexo do que isso, trata-se do designer realizar uma operação tradutora, de ações físicas para ações a serem realizadas nos ambientes simulados. Essa operação é necessariamente intersemiótica (Plaza 1987), pois envolve um conjunto de sistemas de signos numa linguagem híbrida como a hipermídia. As teorias que dão suporte ao trabalho são aquelas que discutem a questão geral da interatividade, tais como Steven Johnson (2001), Jenny Preece (2005), Allan Cooper et al. (2007), Goodwin (2009). Teorias específicas na área de games são Tracy Fullerton (2004), Jesper Juul (2004) e Jesse Schell (2008). Estas embasam nossa hipótese de que o processo de interação em ambiente digital é um tipo especial de ação comunicacional que se manifesta como resultado de uma tradução realizada pelo designer de ações efetuadas no ambiente físico. O processo de comunicação é especial porque pressupõe que o design seja capaz de incitar a ação. Trata-se, portanto, de uma comunicação que deve se resolver na ação imediata do jogador. A metodologia está calcada nos conceitos teóricos, devidamente testados na experiência que brotou tanto da intimidade com a realização prática do design, quanto da convivência com os games e, sobretudo, da atividade docente voltada, ao longo dos anos, justamente para a questão do design de games. Tudo isso conflui para a tese defendida neste trabalho que concebe o design de interação como operação tradutora