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Previous issue date: 2012-07-20 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === The present research aims do study the meaning of educating for childhood
education teachers. To reach this objective, we endeavored to understand the
relationship between the meaning of being child and the meaning of educating for
childhood education teachers, since these two notions beacon the practice of
teaching. To answer this research problem, two groups of childhood education
teachers were interviewed: one of a school known as traditional and the other of a so
called non-traditional school, through the reflective collective interview. Through this
study it becomes evident that depending on the understanding the teacher has of
being child directs the way he or she teaches a child and, somehow, facilitates or
makes it difficult the being educator. To build on a representational view of child, in
which the being of child is found in its fixity, fosters the teacher to believe that the
ideal model of teacher exists and to try to possess this model, showing certain
automatic movement and feebleness. In addition, the teacher clings to one model of
education as being the ideal for every and any child, in which teacher and student
have to conform with. Thereby, teacher lives the teaching as a technique to be
applied. This situation formed by this way of conceiving the being child, the being
educator and the education makes it difficult for the teacher to unhide a meaning of
teaching, which he can appropriate in a more authentic manner, as well as for the
student, it makes it difficult for him to appropriate of himself. The teacher ends up
complying with a scheme, in which the things come already done, following a way of
teaching as if it were the only and exclusive manner of teaching. This way of
appropriating of teaching can be approximated to a more inauthentic way of being.
Regarding the children, a teaching that conceives them in a generalized way and
takes care of them in the same manner, ends up not seeing anyone. A teaching that
walks for the children, that presents them a finished world which they have to comply
with, makes it difficult for them to put their own being in the line and to build
themselves along with their world in a more authentic way, pressuring them to stay
in the inauthenticity of the they-self . Meanwhile, when the being child is understood
as a whole and the time of being child is respected (marked by primacy of the
present and the intensity with which her being-in-the-world is being built), fosters the
being educator, because it propitiates the teacher to appropriate of the teaching as
something in the constant transformation, to look for necessary flexibility to deal with
each student in his uniqueness, watch the way the child is showing herself, not
tighten up in an only way of understanding and teaching every and any child. As the
teacher conceives the child as singular, he considers himself as a craftsman. This
way of being educator demonstrates a critical-reflexive posture, that unfolds in the
way of leading with the students. It is a teaching that takes place in the meeting
between teacher and student and through the dialogue, the poetic language, that
promotes in the child a reflexive look at herself and goes in the direction of facilitating
the child to take for herself her potentiality-for-being in a more authentic manner, that
is, to track and take care of trajectory of being in a more authentic way === A presente pesquisa propõe-se a investigar o sentido de educar para professores da
educação infantil (EI). Para isso, buscou-se compreender a relação entre o sentido
de ser criança e o sentido de educar para professores da El, uma vez que essas
duas noções balizam a prática docente. Para responder a este problema de
pesquisa, entrevistou-se dois grupos de professores da El: um de uma escola dita
tradicional e outro de uma escola conhecida como não-tradicional, por meio da
entrevista reflexiva coletiva. A partir desse estudo torna-se evidente que a
compreensão que o professor tem do ser criança direciona o modo como ele a
educa e, de alguma forma, facilita ou dificulta o ser educador. Partir de uma visão
representacional de criança, em que o ser da criança se encontra em sua fixidez
(entificado), favorece o professor a crer que exista o modelo ideal de professor e a
se apossar deste de um modo que exibe certo automatismo e superficialidade. Junto
a isso, o professor se agarra a um modelo de educação como o ideal para toda e
qualquer criança, ao qual professor e aluno devem corresponder. Sendo assim, o
professor vive o educar como uma técnica a ser aplicada. Essa conjuntura formada
por este modo de se conceber o ser criança, o ser professor e a educação dificulta
ao professor que se desvele a ele um sentido de educar, do qual ele possa vir a se
apropriar de modo mais autêntico, assim como dificulta que o aluno se aproprie de
si-mesmo. O professor acaba por se moldar a um esquema em que as coisas lhe
vêm prontas, tomando um modo de educar como se esse fosse a única, exclusiva,
forma de educar. Esse modo de se apropriar do educar pode ser aproximado de um
modo de ser mais inautêntico. Quanto às crianças, um educar que as concebe de
forma generalizada e cuida de todas de uma mesma maneira, acaba por não
enxergar nenhuma. Um educar que caminha pela criança, que lhe apresenta um
mundo pronto , ao qual cabe a ela se adequar, dificulta a possibilidade dela colocar
seu ser em jogo e a construir seu si-mesmo em concomitância com seu mundo de
modo mais autêntico, pressionando-a a se manter na impropriedade do impessoal.
Já ao se compreender o ser criança como uma totalidade e respeitar o tempo de ser
criança (marcado pela primazia do presente e pela intensidade com que o seu serno-
mundo está sendo construído), facilita o ser educador, pois propicia ao educador
se apropriar do educar como algo em constante transformação, buscar uma
flexibilidade necessária para lidar com cada aluno em sua singularidade, enxergar o
modo como a criança está se mostrando, não enrijecido em um único modo de
compreender e de educar toda e qualquer criança. Assim como o professor concebe
cada criança como singular, ele se considera como um artesão. Esse modo de ser
educador apresenta uma postura crítico-reflexiva, que se desdobra no modo de lidar
com seus alunos. É um educar que se dá no encontro entre professor e aluno e por
meio do diálogo, da linguagem poética, que incita na criança um olhar reflexivo para
consigo e vai na direção de facilitar a criança a tomar para si o seu poder-ser de
modo mais próprio, isto é, a trilhar e a cuidar da sua eterna inacabada trajetória de
ser de modo mais autêntico. Esse modo de educar a criança pode ser aproximado
de um modo de ser mais próprio, ao favorecer que a criança vá assumindo a
intransferível tarefa de cuidar de seu ser de modo mais autêntico
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