A avaliação no ensino superior: concepções múltiplas de estudantes brasileiros

=== The goals of this study were to (1) overview Brazilian university students conceptions of assessment; (2) adapt and validate the Students' Conceptions of Assessment (SCoA) - version VI - inventory (Brown, 2006) for the Brazilian context; (3) establish the underlying dimensions shaping Braz...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Daniel Abud Seabra Matos
Other Authors: Sergio Dias Cirino
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2010
Online Access:http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8C6F6D
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description === The goals of this study were to (1) overview Brazilian university students conceptions of assessment; (2) adapt and validate the Students' Conceptions of Assessment (SCoA) - version VI - inventory (Brown, 2006) for the Brazilian context; (3) establish the underlying dimensions shaping Brazilian university students definitions of assessment; (4) analyze how conceptions of assessment predict students definitions of assessment;and (5) investigate differences between students at public and private universities. We used as theoretical framework the theory of self-regulated learning. Four studies were carried out using a mixture of quantitative (multidimensional scaling, exploratory and confirmatory factor analysis, analysis of variance, structural equation modeling) andqualitative (content analysis was used to investigate the open-ended questions in the survey) methods. Students enrolled in 18 undergraduate courses (N = 756, 216 males and 540 females, age M = 24.53 years, SD = 5.91) from two universities in the state of Minas Gerais participated in 2008 year (nonrandom sample): a public university (N = 297) and a private University (N = 459). The Brazilian SCoA responses fit well to theoriginal eight factors structure of the questionnaire (TLI = .95; gamma hat = .92, SRMR = .057). Students defined assessment in terms of their formality and who was in control of them, resulting in four types of assessment practices: informal student-controlled; informal teacher-controlled; formal student-controlled; and formal eacher-controlled. The students emphasized conventional, formal evaluation methods controlled by the teacher. Even supposedly student-controlled practices (i.e., self and peer-assessments)were perceived as teacher-controlled practices. As a whole, the university students conceived assessment most strongly as being about improvement, and second as about accountability. From the analysis of the open-ended questions attached to the SCoA, three analytical categories arose: a) perceptions about the functions or roles ofassessment; b) perceptions about assessment effects; and c) perceptions about education itself. The definitions of assessment were meaningfully predicted by student responses to key factors in the SCoA inventory. The SCoA factor of "Improvement" was only associated with formal practices and those controlled by the teacher. Formal practices,whether controlled by students or teachers, decreased as agreement with assessment as an enjoyable experience and something bad. In other words, we might hear students say something like: "If assessment is formal, I do not necessarily think it's an enjoyable === Os objetivos dessa pesquisa foram: (1) analisar as concepções de avaliação dos alunos do Ensino Superior; (2) adaptar e validar o questionário Students Conceptions of Assessment (SCoA) - version VI (BROWN, 2006) para a realidade brasileira; (3) investigar as definições de avaliação dos alunos do Ensino Superior; (4) analisar como as concepções de avaliação predizem as definições de avaliação dos alunos; (5) analisar diferenças nas concepções de avaliação dos alunos pertencentes a uma IES pública e a uma IES privada. Utilizamos como referencial teórico a teoria da aprendizagem autoregulada. Quatro estudos foram realizados usando métodos quantitativos (Escalonamento Multidimensional, Análise Fatorial Exploratória e Confirmatória, Análise de Variância, Modelagem de Equações Estruturais) e qualitativos (análise de conteúdo para investigar as questões abertas do SCoA). Estudantes de 18 cursos de graduação (N= 756; 216 homens e 540 mulheres; idade M = 24.53 anos; DP= 5.91) de duas IES de Minas Gerais participaram no ano de 2008 (amostragem nãoprobabilística): uma Universidade Federal (N= 297) e um Centro Universitário privado (N= 459). As respostas do SCoA brasileiro se ajustaram bem à estrutura fatorial original de oito fatores do questionário (TLI = .95; gamma hat = .92; SRMR = .057). O presente estudo indicou que duas dimensões (formalidade e lócus de controle) e a sua interação poderiam explicar como os estudantes definem a avaliação, resultando em quatro grupos de atividades avaliativas: informal/controle do aluno, informal/controle do professor, formal/controle do aluno, formal/controle do professor. A avaliação foi definida pelos alunos principalmente como métodos formais/convencionais controlados pelo professor do tipo exames e testes. Até mesmo práticas supostamente controladas pelos alunos (autoavaliação, avaliação dos colegas) foram percebidas como práticas controladas pelo professor. Tomando a amostra como um todo, os alunos parecem conceber que a avaliação primeiramente melhora o ensino e a aprendizagem e em segundo lugar torna os alunos e escolas responsáveis. A partir da análise das questões abertas do SCoA, elaboramos as seguintes categorias analíticas: a) O papel da avaliação: percepções dos alunos sobre as funções da avaliação; b) Percepções sobre os efeitos da avaliação; c) Percepções sobre a Educação: concepções implícitas nos discursos analisados. Quanto às relações entre as concepções e as definições de avaliação dos estudantes, a definição de avaliação como práticas formais (controle do aluno e do professor) diminuiu com uma concordância de que a avaliação era uma experiência agradável e algo ruim. Em outras palavras, é como se os estudantes estivessem dizendo: Se a avaliação é formal, eu não necessariamente penso que seja uma experiência agradável para mim. Apesar disso, eu também não considero as avaliações formais como algo ruim. A definição Formal/controle do professor ainda aumenta com uma concordância de que a avaliação era para a melhora do aluno. Assim, poderíamos acrescentar a seguinte parte na fala hipotética dos alunos: Além disso, se a atividade avaliativa é formal e controlada pelo professor, ela me ajuda a melhorar o meu aprendizado, me ajuda nosmeus próximos passos de aprendizagem. Merece destaque aqui o fato de que a concepção Melhora só é associada no pensamento dos alunos com a definição de avaliação como uma prática formal e controlada pelo professor. Todos os tipos de definição de avaliação (formais e informais) foram preditos positivamente por um aumento percebido em benefícios da sala de aula. Dessa forma, os alunos parecem perceber que todos os tipos de atividades avaliativas estão associados a benefícios como a motivação dos colegas e o clima da turma. Finalmente, a definição de avaliação como práticas informais controladas pelo professor diminuiu com uma concordância de que aavaliação era algo a ser ignorado. É como se os alunos estivessem dizendo: Se a avaliação é informal e controlada pelo professor, ela é boa para a dinâmica e o clima da sala de aula. Além disso, eu não considero esse tipo de atividade avaliativa como algo a ser ignorado. Quando comparamos as duas IES, os alunos do centro universitário privado acreditam mais que a avaliação melhora o ensino-aprendizagem e torna alunos e escolas responsáveis do que os alunos da universidade pública. Além disso, os alunos da instituição pública acreditam em um maior grau que a avaliação é algo ruim ou injusto. Por fim, os alunos do centro universitário privado percebem umamaior associação da avaliação a benefícios como a motivação dos colegas e o clima da turma. Os alunos da instituição privada também concebem a avaliação como uma experiência mais agradável quando comparados a alunos da instituição pública.
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Four studies were carried out using a mixture of quantitative (multidimensional scaling, exploratory and confirmatory factor analysis, analysis of variance, structural equation modeling) andqualitative (content analysis was used to investigate the open-ended questions in the survey) methods. Students enrolled in 18 undergraduate courses (N = 756, 216 males and 540 females, age M = 24.53 years, SD = 5.91) from two universities in the state of Minas Gerais participated in 2008 year (nonrandom sample): a public university (N = 297) and a private University (N = 459). The Brazilian SCoA responses fit well to theoriginal eight factors structure of the questionnaire (TLI = .95; gamma hat = .92, SRMR = .057). Students defined assessment in terms of their formality and who was in control of them, resulting in four types of assessment practices: informal student-controlled; informal teacher-controlled; formal student-controlled; and formal eacher-controlled. The students emphasized conventional, formal evaluation methods controlled by the teacher. Even supposedly student-controlled practices (i.e., self and peer-assessments)were perceived as teacher-controlled practices. As a whole, the university students conceived assessment most strongly as being about improvement, and second as about accountability. From the analysis of the open-ended questions attached to the SCoA, three analytical categories arose: a) perceptions about the functions or roles ofassessment; b) perceptions about assessment effects; and c) perceptions about education itself. The definitions of assessment were meaningfully predicted by student responses to key factors in the SCoA inventory. The SCoA factor of "Improvement" was only associated with formal practices and those controlled by the teacher. Formal practices,whether controlled by students or teachers, decreased as agreement with assessment as an enjoyable experience and something bad. In other words, we might hear students say something like: "If assessment is formal, I do not necessarily think it's an enjoyable Os objetivos dessa pesquisa foram: (1) analisar as concepções de avaliação dos alunos do Ensino Superior; (2) adaptar e validar o questionário Students Conceptions of Assessment (SCoA) - version VI (BROWN, 2006) para a realidade brasileira; (3) investigar as definições de avaliação dos alunos do Ensino Superior; (4) analisar como as concepções de avaliação predizem as definições de avaliação dos alunos; (5) analisar diferenças nas concepções de avaliação dos alunos pertencentes a uma IES pública e a uma IES privada. Utilizamos como referencial teórico a teoria da aprendizagem autoregulada. Quatro estudos foram realizados usando métodos quantitativos (Escalonamento Multidimensional, Análise Fatorial Exploratória e Confirmatória, Análise de Variância, Modelagem de Equações Estruturais) e qualitativos (análise de conteúdo para investigar as questões abertas do SCoA). Estudantes de 18 cursos de graduação (N= 756; 216 homens e 540 mulheres; idade M = 24.53 anos; DP= 5.91) de duas IES de Minas Gerais participaram no ano de 2008 (amostragem nãoprobabilística): uma Universidade Federal (N= 297) e um Centro Universitário privado (N= 459). As respostas do SCoA brasileiro se ajustaram bem à estrutura fatorial original de oito fatores do questionário (TLI = .95; gamma hat = .92; SRMR = .057). O presente estudo indicou que duas dimensões (formalidade e lócus de controle) e a sua interação poderiam explicar como os estudantes definem a avaliação, resultando em quatro grupos de atividades avaliativas: informal/controle do aluno, informal/controle do professor, formal/controle do aluno, formal/controle do professor. A avaliação foi definida pelos alunos principalmente como métodos formais/convencionais controlados pelo professor do tipo exames e testes. Até mesmo práticas supostamente controladas pelos alunos (autoavaliação, avaliação dos colegas) foram percebidas como práticas controladas pelo professor. Tomando a amostra como um todo, os alunos parecem conceber que a avaliação primeiramente melhora o ensino e a aprendizagem e em segundo lugar torna os alunos e escolas responsáveis. A partir da análise das questões abertas do SCoA, elaboramos as seguintes categorias analíticas: a) O papel da avaliação: percepções dos alunos sobre as funções da avaliação; b) Percepções sobre os efeitos da avaliação; c) Percepções sobre a Educação: concepções implícitas nos discursos analisados. Quanto às relações entre as concepções e as definições de avaliação dos estudantes, a definição de avaliação como práticas formais (controle do aluno e do professor) diminuiu com uma concordância de que a avaliação era uma experiência agradável e algo ruim. Em outras palavras, é como se os estudantes estivessem dizendo: Se a avaliação é formal, eu não necessariamente penso que seja uma experiência agradável para mim. Apesar disso, eu também não considero as avaliações formais como algo ruim. A definição Formal/controle do professor ainda aumenta com uma concordância de que a avaliação era para a melhora do aluno. Assim, poderíamos acrescentar a seguinte parte na fala hipotética dos alunos: Além disso, se a atividade avaliativa é formal e controlada pelo professor, ela me ajuda a melhorar o meu aprendizado, me ajuda nosmeus próximos passos de aprendizagem. Merece destaque aqui o fato de que a concepção Melhora só é associada no pensamento dos alunos com a definição de avaliação como uma prática formal e controlada pelo professor. Todos os tipos de definição de avaliação (formais e informais) foram preditos positivamente por um aumento percebido em benefícios da sala de aula. Dessa forma, os alunos parecem perceber que todos os tipos de atividades avaliativas estão associados a benefícios como a motivação dos colegas e o clima da turma. Finalmente, a definição de avaliação como práticas informais controladas pelo professor diminuiu com uma concordância de que aavaliação era algo a ser ignorado. É como se os alunos estivessem dizendo: Se a avaliação é informal e controlada pelo professor, ela é boa para a dinâmica e o clima da sala de aula. Além disso, eu não considero esse tipo de atividade avaliativa como algo a ser ignorado. Quando comparamos as duas IES, os alunos do centro universitário privado acreditam mais que a avaliação melhora o ensino-aprendizagem e torna alunos e escolas responsáveis do que os alunos da universidade pública. Além disso, os alunos da instituição pública acreditam em um maior grau que a avaliação é algo ruim ou injusto. Por fim, os alunos do centro universitário privado percebem umamaior associação da avaliação a benefícios como a motivação dos colegas e o clima da turma. 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