I STAY BECAUSE I NEED: ORGANIZATIONAL ENTRENCHMENT AND JOB SATISFACTION FOR EMPLOYEES IN A BRAZILIAN ENERGY COMPANY

O mundo organizacional vem passando por fortes transformações nas últimas décadas, e uma das consequências mais significativas advindas desse movimento, talvez, seja a modificação do vínculo do indivíduo com o seu trabalho e com a organização. Durante muito tempo, considerou-se que o empregado compr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: ANDREIA DE QUEIROS MEIRELES
Other Authors: ANA HELOISA DA COSTA LEMOS
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2015
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=29465@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=29465@2
Description
Summary:O mundo organizacional vem passando por fortes transformações nas últimas décadas, e uma das consequências mais significativas advindas desse movimento, talvez, seja a modificação do vínculo do indivíduo com o seu trabalho e com a organização. Durante muito tempo, considerou-se que o empregado comprometido com a organização seria aquele que desejasse nela permanecer por muito tempo. Posteriormente, observou-se que ter apenas empregados desejosos de permanecer na organização por um longo período de tempo não era mais, por si só, suficiente. Necessário também seria que esse empregado estivesse efetivamente engajado com os objetivos da organização. Porém, nem todos os empregados que participam de uma organização estão nela porque de fato desejam - alguns participam dos quadros de uma empresa pois dela precisam. Aos empregados que permanecem numa organização, não porque desejam, mas porque precisam, dá-se o nome de entrincheiramento organizacional. A presente pesquisa buscou identificar a existência de correlação entre o grau de entrincheiramento organizacional e o grau de satisfação no trabalho de empregados de uma empresa pública do setor de energia, bem como se haveria algum tipo de diferenciação com referência ao entrincheiramento quando são observados diferentes tipos de agrupamento dos respondentes. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de cunho descritivo e quantitativo, com corte transversal, por meio de um levantamento que utilizou um questionário autoadministrado, baseado em escalas já validadas para as duas variáveis investigadas (Siqueira, 2008; Rodrigues e Bastos, 2012), o qual foi aplicado a 9280 empregados. Os resultados encontrados apontaram para uma correlação significativa e positiva, embora fraca, entre as variáveis entrincheiramento organizacional e satisfação no trabalho. A análise fatorial exploratória dos dados sinalizou para uma diferença de preponderância dos fatores que influenciam o grau de entrincheiramento: a) para empregados do sexo feminino e os do sexo masculino; b) para ambos os sexos, em função da faixa etária ou de ser ou não o respondente o principal responsável pela renda familiar; c) em função do tempo de companhia do empregado, particularmente quando o respondente tem mais de 20 anos de empresa; d) em função do empregado ser engenheiro ou administrador. A pesquisa aponta para algumas oportunidades de investigações relativas ao construto entrincheiramento. Essas investigações podem gerar informações relevantes para as empresas que desejem introduzir mecanismos de gestão de pessoas que possam mitigar possíveis efeitos negativos decorrentes de empregados que se encontram entrincheirados na organização. === The organizational world has undergone strong changes in recent decades and one of the most significant consequences resulting from this movement, perhaps, is the modification of the individual s bond with his work and with his organization. For a long time, it was considered that the employee committed to the organization would be one that wished to remain there for a long time. Subsequently it was noticed that having only employees willing to remain in the organization for a long period of time was not, in itself, sufficient anymore. It was necessary that this employee would be effectively committed with the organization s goals. However, not all employees who participate in an organization are in it because they actually want - some participate in the company s structure because they need it. The phenomenon through which employees remain in an organization not because they want to but because they need to is named organizational entrenchment. The present research aims to identify the existence of a correlation between the degree of organizational entrenchment and the degree of job satisfaction of employees in a public company in the energy sector, as well as if there would be some kind of differentiation with respect to the organizational entrenchment when different types of respondent groups are observed. In order to do that, a descriptive and quantitative research was conducted, with cross section, through a survey that used a self-administered questionnaire, based on scales already validated for both variables investigated (Siqueira, 2008; Rodrigues e Bastos, 2012), applied to 9280 employees. The results indicated a significant and positive correlation, although weak, between the variables organizational entrenchment and job satisfaction. Exploratory factor analysis of the data signaled a difference in the preponderance of the factors that influence the degree of entrenchment: a) for female and male employees; b) for both sexes, depending on the age and on whether the respondent was the main responsible for the family income or not; c) according to the time working in the company, particularly when the respondent has more than 20 years of work; d) according to whether the respondent was an engineer or an administrator. The research raised some further research opportunities related to the construct entrenchment. These investigations can generate relevant information to companies wishing to introduce people management mechanisms that may mitigate possible negative effects resulting from employees who find themselves entrenched in the organization.