Summary: | Este estudo descreve e discute processos de linguagem e de interação resultantes de atividade de resolução de divisão de frações de um grupo de estudantes do ensino médio de escola pública da cidade de São Paulo. Em uma perspectiva histórico-cultural, considera as mediações pela linguagem e pela interação social, concretizadas nos diálogos que ocorreram durante a resolução, como constitutivos do próprio pensamento matemático. Os processos de linguagem expressos nos diálogos entre os participantes evidenciaram dificuldades marcadas por explicações repetitivas e mecanicistas e baixo nível de conhecimento matemático retrospectivo, entretanto e principalmente, criaram possibilidades, em graus diferenciados para os participantes, de movimento e mudança em relação ao entendimento matemático do conteúdo de divisão de frações, pressuposto para a resolução de potências com base racional (frações) e expoente negativo.
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