Sangue fresco: tradução, metáfora e a dimensão estética da experiência analítica
O presente artigo defende que uma concepção mais abrangente da tradução pode servir como veículo para se conceitualizar a dimensão estética do processo analítico, que funciona por meio das potências figurativas da língua e que gera o seu estar-viva. Tomando a definição expandida de Loewald da trans...
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Universidade Estadual de Campinas
2011-11-01
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doaj-d6d38cabd79741aa9a700b52563dadec2021-06-21T13:47:06ZporUniversidade Estadual de CampinasRemate de Males2316-57582011-11-0130110.20396/remate.v30i1.86362673974Sangue fresco: tradução, metáfora e a dimensão estética da experiência analíticaShierry Weber Nicholsen0Universidade de Antioquia O presente artigo defende que uma concepção mais abrangente da tradução pode servir como veículo para se conceitualizar a dimensão estética do processo analítico, que funciona por meio das potências figurativas da língua e que gera o seu estar-viva. Tomando a definição expandida de Loewald da transferência e seus comentários sobre a forma com que a língua faz a ligação entre os processos primário e secundário como seu protótipo do processo de tradução, o artigo tenta oferecer um sangue fresco à la Loewald para nossa compreensão da escuta e interpretação analítica como tradução; para tanto, baseia-a na obra de dois autores extra-analíticos, Walter Benjamin e T.W. Adorno, cujas formulações sobre a natureza da experiência estética relacionam-se estreitamente com as de Benjamin sobre a tradução. O tema do estarvivo, como geratividade, é explorado na discussão de Benjamin a repeito da fidelidade e liberdade na tradução, assim como na ideia análoga de Adorno de uma “imaginação exata”, que combina a imersão nos detalhes da obra de arte com uma formulação da configuração das associações do ouvinte de música. Faz-se referência, entre outros, à obra de Bolla sobre a associação livre e a capacidade inconsciente. No lugar de material clínico, apresenta-se um curto texto interpretativo de Adorno. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636267Teoria Literária. Crítica literária. Literatura. |
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O presente artigo defende que uma concepção mais abrangente da tradução pode servir como veículo para se conceitualizar a dimensão estética do processo analítico, que funciona por meio das potências figurativas da língua e que gera o seu estar-viva. Tomando a definição expandida de Loewald da transferência e seus comentários sobre a forma com que a língua faz a ligação entre os processos primário e secundário como seu protótipo do processo de tradução, o artigo tenta oferecer um sangue fresco à la Loewald para nossa compreensão da escuta e interpretação analítica como tradução; para tanto, baseia-a na obra de dois autores extra-analíticos, Walter Benjamin e T.W. Adorno, cujas formulações sobre a natureza da experiência estética relacionam-se estreitamente com as de Benjamin sobre a tradução. O tema do estarvivo, como geratividade, é explorado na discussão de Benjamin a repeito da fidelidade e liberdade na tradução, assim como na ideia análoga de Adorno de uma “imaginação exata”, que combina a imersão nos detalhes da obra de arte com uma formulação da configuração das associações do ouvinte de música. Faz-se referência, entre outros, à obra de Bolla sobre a associação livre e a capacidade inconsciente. No lugar de material clínico, apresenta-se um curto texto interpretativo de Adorno.
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