Summary: | A cidade de São Paulo foi, pelo menos desde o século XVIII, importante núcleo urbano, articulador dos processos de interiorização e ocupação do território. A carne sempre integrou a dieta alimentar dos paulistas, de todos os grupos sociais, sendo um tema sensível como atividade econômica ou prática socia.A expansão da cidade não altera o regime alimentar que continuará definido pelo uso cotidiano do feijão, da carne e da farinha. As presenças estrangeiras ampliarão as possibilidades e demandas alimentares, como por exemplo a introdução e generalização do consumo de diversos tipos de pasta e verduras mas, os de fora, incorporarão as tradições alimentares paulistas.Desde inícios do século XIX a municipalidade procurava regrar o comércio de carne na cidade seja pelo controle daquilo que era comerciado seja pelo controle das reses destinadas ao abate e ainda pela construção de matadouros. Estes inseriam-se nas políticas públicas de ordenamento do espaço.Reformas, ampliações e deslocamentos marcam as trajetórias deste equipamento no espaço da cidade. Questões sanitárias e de controle alimentar incidiram sobre os matadouros analisados mas sobre eles sempre incidiram as noções de sujeira, doença e descarte. Melhoramento urbano necessário e indesejável foi sempre relegado para as franjas da cidade.
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