Iletrismo, práticas e representações da escrita
<p>O ensino/aprendizagem da língua escrita, quer se trate de língua materna ou de língua estrangeira, apresenta aos professores e a muitos alunos sérios problemas que as pesquisas em didática não conseguem resolver de maneira satisfatória. Ora, o domínio da escrita é a principal condição de su...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2002-10-01
|
Series: | Scripta |
Subjects: | |
Online Access: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12446 |
id |
doaj-ac05ab6b9e5a4bda9ab8b71b6a32907a |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-ac05ab6b9e5a4bda9ab8b71b6a32907a2021-02-02T03:28:57ZporPontifícia Universidade Católica de Minas GeraisScripta1516-40392358-34282002-10-0161113227096Iletrismo, práticas e representações da escritaMichel Dabène<p>O ensino/aprendizagem da língua escrita, quer se trate de língua materna ou de língua estrangeira, apresenta aos professores e a muitos alunos sérios problemas que as pesquisas em didática não conseguem resolver de maneira satisfatória. Ora, o domínio da escrita é a principal condição de sucesso escolar. Há alguns anos, fala-se, na França, de iletrismo, para caracterizar a ausência da cultura da escrita. Essa noção mascara a complexidade das relações que os usuários da língua, e não somente os chamados “desfavorecidos” ou “marginais”, estabelecem com o mundo da leitura e da escritura. Dado o fato de que as representações dominantes da escrita a consideram como domínio reservado a uma elite intelectual, aqueles que, em sua vida cotidiana, profissional<br />ou privada, estão em contato com a multiplicidade de textos escritos que circulam socialmente sentem uma insegurança tão grande e tão generalizada que poucos dentre eles pensam ser capazes de superar as dificuldades ligadas à leitura e à escritura. Entretanto, esses sujeitos recorrem a usos da escrita, que nem sempre são considerados legítimos. Um dos objetivos prioritários da pesquisa em didática da escrita é analisar sem exclusividade o que os usuários sabem fazer e o que eles realmente fazem em matéria de usos da escrita, sem condenar o “ilestrismo” de alguns, avaliado freqüentemente com instrumentos rudimentares e pouco confiáveis; convém, também, persuadir-se de que muitas das dificuldades têm sua fonte em uma concepção elitista de escrita da qual a instituição escolar tem dificuldade de se desprender.</p><p><br /><br /></p>http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12446IletrismoLeituraEscrituraContinuum escritural. |
collection |
DOAJ |
language |
Portuguese |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Michel Dabène |
spellingShingle |
Michel Dabène Iletrismo, práticas e representações da escrita Scripta Iletrismo Leitura Escritura Continuum escritural. |
author_facet |
Michel Dabène |
author_sort |
Michel Dabène |
title |
Iletrismo, práticas e representações da escrita |
title_short |
Iletrismo, práticas e representações da escrita |
title_full |
Iletrismo, práticas e representações da escrita |
title_fullStr |
Iletrismo, práticas e representações da escrita |
title_full_unstemmed |
Iletrismo, práticas e representações da escrita |
title_sort |
iletrismo, práticas e representações da escrita |
publisher |
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais |
series |
Scripta |
issn |
1516-4039 2358-3428 |
publishDate |
2002-10-01 |
description |
<p>O ensino/aprendizagem da língua escrita, quer se trate de língua materna ou de língua estrangeira, apresenta aos professores e a muitos alunos sérios problemas que as pesquisas em didática não conseguem resolver de maneira satisfatória. Ora, o domínio da escrita é a principal condição de sucesso escolar. Há alguns anos, fala-se, na França, de iletrismo, para caracterizar a ausência da cultura da escrita. Essa noção mascara a complexidade das relações que os usuários da língua, e não somente os chamados “desfavorecidos” ou “marginais”, estabelecem com o mundo da leitura e da escritura. Dado o fato de que as representações dominantes da escrita a consideram como domínio reservado a uma elite intelectual, aqueles que, em sua vida cotidiana, profissional<br />ou privada, estão em contato com a multiplicidade de textos escritos que circulam socialmente sentem uma insegurança tão grande e tão generalizada que poucos dentre eles pensam ser capazes de superar as dificuldades ligadas à leitura e à escritura. Entretanto, esses sujeitos recorrem a usos da escrita, que nem sempre são considerados legítimos. Um dos objetivos prioritários da pesquisa em didática da escrita é analisar sem exclusividade o que os usuários sabem fazer e o que eles realmente fazem em matéria de usos da escrita, sem condenar o “ilestrismo” de alguns, avaliado freqüentemente com instrumentos rudimentares e pouco confiáveis; convém, também, persuadir-se de que muitas das dificuldades têm sua fonte em uma concepção elitista de escrita da qual a instituição escolar tem dificuldade de se desprender.</p><p><br /><br /></p> |
topic |
Iletrismo Leitura Escritura Continuum escritural. |
url |
http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12446 |
work_keys_str_mv |
AT micheldabene iletrismopraticaserepresentacoesdaescrita |
_version_ |
1724307705080840192 |