Summary: | Os elementos apresentados no texto são parte da análise de 433 estudos em nível de teses e dissertações a partir das expressões exatas Educação do campo, Educação rural, Escola rural e Educação no campo, cujos resultados fornecem a base deste texto, resultante de uma tese de doutorado. O objetivo é explicitar a crítica realizada às concepções sobre a formação de professores, apontando possibilidades frente à relação que se estabelece com a categoria modo de produção. As análises revelaram a tendência dominante da concepção idealista expressa na perspectiva do professor reflexivo, na qual se defende uma formação com base em conteúdos e saberes do e para o meio rural, pautados no cotidiano e da identidade cultural dos sujeitos das áreas rurais, ou seja, predomina nas teses e dissertações a perspectiva do professor reflexivo. Por outro lado as antíteses revelaram que a consideração dos elementos concretos do modo de produção e sua expressão no campo indicam a possibilidade de avanço na compreensão acerca do que vem se denominando de antagonismo entre campo e cidade, que veicula a ideia de que trabalhadores do campo e da cidade são diferentes, e portanto, devem ter formações específicas, baseadas nas suas culturas, nos seus cotidianos. Em nossa análise, este é o ponto nevrálgico que explica a formação que é proporcionada para os trabalhadores do campo e da cidade. A formação dos professores tem no modo de produção sua base concreta, cuja consideração é o primeiro ato para trazer a formação ao mundo real dos trabalhadores do campo.
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