A democratização da escola como uma prática de cidadania: em busca da coerência do discurso hegemônico
Diante das propostas legais que prevêem a participação da comunidade escolar na gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola, emergem princípios democráticos que requerem a ação desses sujeitos para transformá-la num espaço aberto em permanente evolução, no qual homens e mulheres tenham...
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Universidade de Passo Fundo (UPF)
2018-08-01
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doaj-7bbb7495df02438d9d23cc2925eafc492020-11-25T01:58:48ZporUniversidade de Passo Fundo (UPF)Espaço Pedagógico0104-74692238-03022018-08-0113314215610.5335/rep.v13i3.78207820A democratização da escola como uma prática de cidadania: em busca da coerência do discurso hegemônicoRosane Carneiro SarturiDiante das propostas legais que prevêem a participação da comunidade escolar na gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola, emergem princípios democráticos que requerem a ação desses sujeitos para transformá-la num espaço aberto em permanente evolução, no qual homens e mulheres tenham a oportunidade de assumir-se como seres inacabados. Para promover o diálogo entre os conceitos que constituem a busca da definição de democracia que atende às especificidades deste estudo foram retomadas as considerações iniciais acerca das entrelinhas do questionamento feito a Freire, destacando a referência implícita na expressão: “poder” do governo municipal. Esta tarefa fundamenta-se no pensamento de Freire sobre a inviabilidade de se pensar a educação sem que se esteja atento à questão do poder, pois, do ponto de vista crítico, é impossível concebê-la como neutra, porque ela não é pura reprodutora da ideologia dominante, que, por sua vez, confronta-se com a realidade do dia-a-dia dos sujeitos da escola. A ação desses sujeitos, se encaminhada para uma prática verdadeiramente libertadora, não pode ser realizada pela manipulação nem, muito menos, pelo espontaneísmo, o que agrega a este debate a tensão entre a “autoridade” e a “liberdade”. Considerando a complexidade que envolve as “relações de poder” que perpassam o cotidiano escolar, seria possível constituir um estudo à parte, entretanto este ensaio limita-se a uma discussão mais básica do termo “poder”, sem realizar um estudo “arqueológico”.http://seer.upf.br/index.php/rep/article/view/7820História da educação. Formação de professores. Gestão da educação. |
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Diante das propostas legais que prevêem a participação da comunidade escolar na gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola, emergem princípios democráticos que requerem a ação desses sujeitos para transformá-la num espaço aberto em permanente evolução, no qual homens e mulheres tenham a oportunidade de assumir-se como seres inacabados. Para promover o diálogo entre os conceitos que constituem a busca da definição de democracia que atende às especificidades deste estudo foram retomadas as considerações iniciais acerca das entrelinhas do questionamento feito a Freire, destacando a referência implícita na expressão: “poder” do governo municipal. Esta tarefa fundamenta-se no pensamento de Freire sobre a inviabilidade de se pensar a educação sem que se esteja atento à questão do poder, pois, do ponto de vista crítico, é impossível concebê-la como neutra, porque ela não é pura reprodutora da ideologia dominante, que, por sua vez, confronta-se com a realidade do dia-a-dia dos sujeitos da escola. A ação desses sujeitos, se encaminhada para uma prática verdadeiramente libertadora, não pode ser realizada pela manipulação nem, muito menos, pelo espontaneísmo, o que agrega a este debate a tensão entre a “autoridade” e a “liberdade”. Considerando a complexidade que envolve as “relações de poder” que perpassam o cotidiano escolar, seria possível constituir um estudo à parte, entretanto este ensaio limita-se a uma discussão mais básica do termo “poder”, sem realizar um estudo “arqueológico”. |
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