HIPOCORÍSTICOS, APELIDOS E CRÍTICA SOCIAL:LINGUAGEM E ESTILO EM MACHADO DE ASSIS

O antropônimo é o traço de individuação de todo grupo social. Por sua vez, quando existe maior intimidade entre os membros desse grupo, é comum a interação ocorrer pelo uso de hipocorísticos e de apelidos. Cabe destacar não serem tais termos sinônimos: o primeiro apresenta base linguística de formaç...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tania Maria Nunes de Lima Camara
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2013-06-01
Series:Matraga
Subjects:
Online Access:http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/matraga/article/view/19849
Description
Summary:O antropônimo é o traço de individuação de todo grupo social. Por sua vez, quando existe maior intimidade entre os membros desse grupo, é comum a interação ocorrer pelo uso de hipocorísticos e de apelidos. Cabe destacar não serem tais termos sinônimos: o primeiro apresenta base linguística de formação, enquanto o segundo se apoia em motivação extralinguística. O universo literário constitui espaço privilegiado para o estudo das relações que se estabelecem, na estruturação da narrativa, entre nomeados e nomeador, tanto em relação à escolha de antropônimos quanto à de hipocorísticos e apelidos. O objetivo do presente artigo é, pois, apresentar as duas últimas maneiras de nomear personagens como marca do estilo crítico-social de Machado de Assis. O corpus é constituído por três de seus romances: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro. A escolha dos recursos morfológicos, bem como a construção de sintagmas nominais resultantes de combinações específicas se mostram relevantes na produção de sentido do texto. Além de um caminho de leitura, expõe-se mais um traço caracterizador do espírito ora afetuoso ora galhofeiro da pena machadiana.
ISSN:1414-7165
2446-6905