A responsabilidade de traduzir o in-traduzível: Jacques Derrida e o desejo de [la] tradução The responsibility of translating the un-translatable: Jacques Derrida and the desire for [la] translation

Como pensar a responsabilidade do tradutor/a que se encontra "entre" a diferença de dois sistemas lingüísticos e no "meio" das várias línguas que compõem as línguas envolvidas na tradução? (P. Ottoni). Qual o papel do tradutor ao ter que (con)viver com sua língua materna e o idio...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Paulo Ottoni
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2003-01-01
Series:DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502003000300010
Description
Summary:Como pensar a responsabilidade do tradutor/a que se encontra "entre" a diferença de dois sistemas lingüísticos e no "meio" das várias línguas que compõem as línguas envolvidas na tradução? (P. Ottoni). Qual o papel do tradutor ao ter que (con)viver com sua língua materna e o idioma do outro? Procurarei discutir estas duas questões para pensar a responsabilidade de traduzir o in-traduzível. Parto de duas hipóteses: 1- falar idiomaticamente seu idioma é o que se chama língua materna, o que não se apropria; e, acolher o outro na sua língua é levar em conta naturalmente seu idioma (J. Derrida); 2 - O tradutor, neste corpo-a-corpo com a língua e o idiomático, está preso numa dupla responsabilidade na operação de tradução: frente ao in-traduzível do idioma, e tendo que apreender de outro modo esta intraduzibilidade. Em resumo, como refletir sobre a responsabilidade de traduzir o in-traduzível Jacques Derrida?<br>How should one consider the responsibility of the translator, who is located "between" the differences of two linguistic systems and "in the middle" of the various idioms constitute each of the languages involved in the translation? (P. Ottoni). What is the role of the translator in inter-acting with both his/her mother tongue and the idiom of the other? These two questions will be discussed in order to reflect on the responsibility of translating the un-translatable. Two hypotheses orient the paper: 1 - an idiom spoken idiomatically is known as the mother tongue and is not appropriated, so that accommodating the other in one's own language automatically considers his/her idiom (J. Derrida) and 2 - face-to-face with language and its idioms, the translator is trapped in a double (responsibility) bind; faced with something which cannot be translated, he/she is forced to perceive it in another way. In conclusion, how should one consider the responsibility of translating the un-translatable Jacques Derrida?
ISSN:0102-4450
1678-460X