Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina?
Este texto admite como base inicial de reflexão as muitas articulações que já se fizeram no campo educacional em torno dos significantes ‘ensino’ e ‘tecnologia’, em geral, fixando sentidos ligados à ideia de ‘inovação’, ‘afinamento com os novos tempos’ e/ou ‘facilitador da aprendizagem’. No caso da...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade do Estado de Santa Catarina
2014-09-01
|
Series: | Tempo e Argumento |
Online Access: | http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/4358 |
id |
doaj-16d7598695f94b16a2e7e675116902ef |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-16d7598695f94b16a2e7e675116902ef2020-11-24T22:59:19ZengUniversidade do Estado de Santa CatarinaTempo e Argumento2175-18032014-09-0161216518510.5965/21751803061220141653292Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina?Marcella Albaine Farias da Costa0Carmen Teresa Gabriel1Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de JaneiroEste texto admite como base inicial de reflexão as muitas articulações que já se fizeram no campo educacional em torno dos significantes ‘ensino’ e ‘tecnologia’, em geral, fixando sentidos ligados à ideia de ‘inovação’, ‘afinamento com os novos tempos’ e/ou ‘facilitador da aprendizagem’. No caso da disciplina História, fala-se recorrentemente que a utilização das chamadas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) pode gerar novas práticas, indo de encontro ao tão combatido ensino ‘tradicional’, ligado à ‘lógica da memorização’. Sem refutar ou corroborar tais afirmativas, e amparando-se nas contribuições das teorizações do discurso formuladas por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, a análise procura mostrar que fixar e disputar ‘sentidos de digital’ no currículo de História é uma ação política, que mobiliza/desloca a fronteira da própria definição do que é e do que não é a ciência/conhecimento histórico na contemporaneidade, provocando alterações, portanto, tanto na cultura histórica, quanto na cultura escolar. Tendo como empiria o Edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2015, entendido como texto curricular, o estudo evidencia e problematiza a forma como as disputas em torno da significação e fixação de ‘sentidos de digital’ têm aparecido na área de História, produzindo deslocamentos em meio às práticas articulatórias que fixam sentido para a interface ‘ensino’-‘tecnologia’. Palavras-chave: História – estudo e ensino; Currículohttp://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/4358 |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Marcella Albaine Farias da Costa Carmen Teresa Gabriel |
spellingShingle |
Marcella Albaine Farias da Costa Carmen Teresa Gabriel Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? Tempo e Argumento |
author_facet |
Marcella Albaine Farias da Costa Carmen Teresa Gabriel |
author_sort |
Marcella Albaine Farias da Costa |
title |
Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
title_short |
Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
title_full |
Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
title_fullStr |
Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
title_full_unstemmed |
Sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
title_sort |
sentidos de "digital" em disputa no currículo de história: que implicações para o ensino desta disciplina? |
publisher |
Universidade do Estado de Santa Catarina |
series |
Tempo e Argumento |
issn |
2175-1803 |
publishDate |
2014-09-01 |
description |
Este texto admite como base inicial de reflexão as muitas articulações que já se fizeram no campo educacional em torno dos significantes ‘ensino’ e ‘tecnologia’, em geral, fixando sentidos ligados à ideia de ‘inovação’, ‘afinamento com os novos tempos’ e/ou ‘facilitador da aprendizagem’. No caso da disciplina História, fala-se recorrentemente que a utilização das chamadas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) pode gerar novas práticas, indo de encontro ao tão combatido ensino ‘tradicional’, ligado à ‘lógica da memorização’. Sem refutar ou corroborar tais afirmativas, e amparando-se nas contribuições das teorizações do discurso formuladas por Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, a análise procura mostrar que fixar e disputar ‘sentidos de digital’ no currículo de História é uma ação política, que mobiliza/desloca a fronteira da própria definição do que é e do que não é a ciência/conhecimento histórico na contemporaneidade, provocando alterações, portanto, tanto na cultura histórica, quanto na cultura escolar. Tendo como empiria o Edital do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2015, entendido como texto curricular, o estudo evidencia e problematiza a forma como as disputas em torno da significação e fixação de ‘sentidos de digital’ têm aparecido na área de História, produzindo deslocamentos em meio às práticas articulatórias que fixam sentido para a interface ‘ensino’-‘tecnologia’.
Palavras-chave: História – estudo e ensino; Currículo |
url |
http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/4358 |
work_keys_str_mv |
AT marcellaalbainefariasdacosta sentidosdedigitalemdisputanocurriculodehistoriaqueimplicacoesparaoensinodestadisciplina AT carmenteresagabriel sentidosdedigitalemdisputanocurriculodehistoriaqueimplicacoesparaoensinodestadisciplina |
_version_ |
1725644965817614336 |