A luta de Freud: a cidade, o absurdo e o mais além na trama narrativa de "O homem dos ratos"

Esta dissertação se dedica a analisar um caso clínico de Sigmund Freud, A propósito de um caso de neurose obsessiva (O Homem dos ratos), tendo como meta a discriminação dos valores que são por ele transmitidos. Para tanto, baseou-se no referencial discursivo conhecido como Pragmática Francesa, assim...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lima, Tiago Novaes
Other Authors: Loffredo, Ana Maria
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2006
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-31082006-153406/
Description
Summary:Esta dissertação se dedica a analisar um caso clínico de Sigmund Freud, A propósito de um caso de neurose obsessiva (O Homem dos ratos), tendo como meta a discriminação dos valores que são por ele transmitidos. Para tanto, baseou-se no referencial discursivo conhecido como Pragmática Francesa, assim como nas reflexões de Walter Benjamin sobre a narrativa e de Michel Foucault acerca das relações de saber e poder instituídos pelo discurso. A partir deste recorte, entrevimos a depreensão de três eixos singulares: a relação conflituosa entre o analista e a cidade onde habita, a relação antagônica de identificações e diferenças entre analista e paciente, e a relação estranha entre o saber do analista e seu não saber acerca da morte, da superstição e da religião. Pudemos, por fim, lançar reflexão sobre a importância de se pensar a fundação da psicanálise e do gênero discursivo chamado de “caso clínico" como imersos em seu tempo e em seu lugar. === The present dissertation is dedicated to the analysis of a Sigmund Freud’s clinical case, “Notes upon a Case of Obsessional Neurosis (The Rat Man)", aiming to discriminate the values conveyed by it. In order to do so, the dissertation was based on the discursive referential known as French Pragmatics, as well as on Walter Benjamin’s thoughts about the relationship between knowledge and power, created through discourse. From this point of view, the existence of three particular axes can be inferred: the conflictuous rapport between the analyst and his/her place of dwelling; the antagonistic entwining of identification and differences going on between patient and analyst; the uncanny relationship between the analyst’s knowledge and lack of knowledge on the subjects of death, superstition and religion. We were able to issue, at last, some reflexion on the importance of thinking about the very creation Psychoanalysis and the discursive genre called clinical case as being, both of them, immerse in their time and place.