Summary: | Este estudo trata do momento atual da modernização dos Brejos da Barra (BA), mais precisamente do Brejo da Cabeceira do São Gonçalo, onde observamos a reprodução do trabalho. Procuramos analisar como essa reprodução é crítica também por ser mediação social de categorias sociais contraditórias, que também aparecem, por este caráter contraditório, como não crítica. Assim, uma pergunta inicialmente elaborada sobre as práticas empíricas dos brejeiros radicalizou-se, tornando-se uma pergunta sobre a modernização de acordo com as categorias de mediação mercadoria, trabalho e dinheiro. O processo de formação de tais categorias é o mesmo que forma historicamente os Brejos, no qual se destacam a mobilidade territorial e a mobilização do trabalho por meio do apossamento de áreas e da produção agropecuária no Vale do São Francisco, para troca ou consumo próprio. Este processo acelera-se significativamente com ações, inclusive estatais, que estimulam a migração. A aceleração impõe, contraditoriamente, os próprios termos da crise na reprodução do capital social total. Observamos que todo esse processo diz respeito a uma gestão da crise, dada a profusão da infraestruturação geral, da disponibilidade de dinheiro e de crédito. Ainda assim, não deixa de ser reposição de categorias da modernização em crise e colapso. === This dissertation deals with the modernization that is currently taking place in Brejos da Barra (BA), more precisely Brejo da Cabeceira do São Gonçalo and in which we observe the reproduction of labour. We seek to observe how critical this reproduction is, especially because it is socially mediated by contradictory social categories that seem non-critical precisely because of this character. So, the initial question about the empirical practice of the inhabitants became a question about the modernization seen through the mediated categories of merchandise, labour and money. The formation process of these categories is similar to the process that historically formed the Brejos region and from which we can highlight the territorial mobility and the mobilization of labour through the possession of the land and of the farming process for the inhabitants own use or to develop a trade system in Vale do São Franscisco. This process is accelerated through different interventions (including state intervention) which stimulate migration. However, this acceleration creates a crisis in the reproduction of the total social capital. We observe that this process is tantamount, paradoxically, to the management of the crisis because of the proliferation of the general infrastructure and of currency and credit circulation even if this process can also be seen as the reposition of the modern categories of crisis and collapse.
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