Summary: | A prevalência de patógenos intestinais foi estudada entre os índios da etnia Tapirapé, da Amazônia mato-grossense, por meio de técnicas coproparasitológicas, imunológicas e moleculares. Do total de 1526 amostras, 83,35% apresentaram ao menos um parasito intestinal e 65% tinham mais de um parasito (poliparasitismo). Entamoeba coli foi o mais prevalente (827/1526 - 54,19%). Entamoeba histolytica/dispar (581/1526 - 38,07%), Giardia intestinalis (287/1526 - 18,81%), Blastocystis spp. (257/1526 - 16,84%) e Ancylostoma spp. (293/1526 - 19,20%) também foram freqüentes. Cistos de Giardia intestinalis foram seqüenciados utilizando os genes <font face=\"Symbol\">b-Giardina e gdh. Apenas os assemblages A e B foram encontrados, sendo que o assemblage A foi o mais prevalente. Análise molecular de Blastocystis spp. demonstrou que, por meio do gene SSU-rNA, o subtipo 1 foi o mais dominante entre os Tapirapé, seguido pelos subtipos 2 e 3. Com base nisso, G. intestinalis e Blastocystis spp. são potencialmente zoonóticos. Os resultados corroboram com outros estudos realizados na Amazônia brasileira. === The prevalence of intestinal pathogens was studied in indigenous of the Tapirapé ethnic from Amazon region of Mato Grosso State, using the coproparasitological, immunological and molecular. Of the total 1,526 fecal samples 83.35% had at least one intestinal parasite and 65% had more than one parasite (poliparasitism). The most prevalent parasite was Entamoeba coli (827/1526 - 54.19%). Entamoeba histolytica/dispar (581/1526 - 38, 07%), Giardia intestinalis (287/1526 - 18.81%), Blastocystis spp. (257/1526 - 16.84%) and Ancylostoma spp. (293/1526 -19.20%) were found too. Cysts of G. intestinalis were sequence by <font face=\"Symbol\">b-Giardina and GDH gene. Only assemblages A and B were found and assemblage A was the most prevalent. The molecular characterization of Blastocystis spp. by SSU-rRNA demonstrated that subtype 1 was dominant followed by subtypes 2 and 3. So, G. intestinalis and Blastocystis spp. are potentially zoonotic. The results are in agreement with previous studies conducted in the Brazilian Amazon.
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