Relacionamentos adictivos, um estudo psicanalítico

Este trabalho tem como objetivo compreender as características das relações adictivas, analisando casos em que a relação conjugal é vivida como se fosse um tipo de adicção. Proponho apresentar uma compreensão das adicções com base na perspectiva proposta por Donald Winnicott, para quem a adicção é u...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Humberg, Lygia Vampré
Other Authors: Lehman, Yvette Piha
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2014
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-27032015-125322/
Description
Summary:Este trabalho tem como objetivo compreender as características das relações adictivas, analisando casos em que a relação conjugal é vivida como se fosse um tipo de adicção. Proponho apresentar uma compreensão das adicções com base na perspectiva proposta por Donald Winnicott, para quem a adicção é um tipo de problema cuja gênese está relacionada com falhas que ocorreram na fase da transicionalidade; bem como, nos desenvolvimentos dessa perspectiva, feita por Joyce McDougall, que ampliou o ponto de vista indicado por Winnicott, e chamou a atenção para o fenômeno que denominou como sendo os relacionamentos adictivos. Nesta direção, procurei mostrar que os relacionamentos adictivos correspondem a modos de defesa contra três tipos de angústia, a saber: as angústias impensáveis, as que derivam de falhas na vivência dos fenômenos transicionais e, por fim, à deprivação num momento em que os indivíduos já têm uma certa organização psíquica que torna possível a distinção Eu- Nãoeu === The purpose of this study is to understand the characteristics of addictive relations through the analysis of cases showing the conjugal relationship experience as a sort of addiction. I will show an understanding of addictions based on Donald Winnicotts perspective who considered addiction as a problem whose origin is connected with failures occurred during the transitional phase as well as based on the unfolding of this perspective by Joyce McDougall who broadened Winnicotts point of view and draw our attention to the phenomenon she called addictive relations. Consequently, I try to show that addictive relations correspond to defense modes against three types of anxiety, namely: unthinkable anxieties, those resulting from failures in experiencing transitional phenomena and, at last, deprivation when individuals already have a certain psychic organization enabling the differentiation between Me and Not-me