Poéticas de Si: Autobiografia como estratégia artística de subversão das mulheres

O presente trabalho parte das premissas da relação entre mulheres e a produção de suas autobiografias. Na análise, o diagnóstico se dá pelos diversos seguimentos do dizer que borram as fronteiras do real e do ficcional, numa tentativa de dar luz a processos emancipatórios e artísticos. Inicialmente...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Flaviana Benjamin dos
Other Authors: Martins, Ferdinando Crepalde
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2018
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-27022019-151714/
Description
Summary:O presente trabalho parte das premissas da relação entre mulheres e a produção de suas autobiografias. Na análise, o diagnóstico se dá pelos diversos seguimentos do dizer que borram as fronteiras do real e do ficcional, numa tentativa de dar luz a processos emancipatórios e artísticos. Inicialmente os estudos encontrados nas correntes literárias descortinam a ausência das mulheres nos espaços e segmentação histórica. Ancorada pela crítica social, a autobiografia se expande da tinta e do papel para as autorrepresentações, em que o corpo é suporte do fazer-se ver. Neste aspecto, o social e o político são usados por elas como manuseio de ações, recorrendo a performance arte, que radicalizaram temas de rechaço social, a partir da estética feminista. O campo de atuação deste diagnóstico toma, como aporte, Argentina e Brasil, nos movimentos de protesto que ajudam a pensar os espaços tensionados por elas, através de suas autobiografias, reverberando assim, um salto da singularidade para a multiplicidade de experiências pessoais potencializadas no coletivo. É, por meio do coletivo, que as experiências artísticas da pesquisadora - autobiográfica e solo - ganham relações em um corpo conjunto. Pelo material colhido nas ruas, delineia as estratégias do dizer subversivo. Um panorama que revela avanços, escolhas e modos de viver e existir. === El presente trabajo parte de las premisas encontradas por las mujeres concernientes a sus autobiografías. En el análisis, el diagnóstico se da a través de los diversos seguimientos del discurso que borran las fronteras de lo real y ficcional en un intento de dar luz a procesos emancipatorios. Se parte inicialmente de los estudios encontrados en las corrientes literarias que revelan la ausencia de mujeres en los ámbitos y segmentación histórica. Arraigada por la crítica social, la autobiografía se expande desde la tinta y el papel hacia las auto-representaciones en las que el cuerpo es un soporte para hacerse ver. En este aspecto, tanto lo social como lo político es usado por ellas, como un manoseo de acciones a través del arte de la performance que radicalizan temas de rechazo social, por medio de la estética feminista. El campo de acción de este diagnóstico, toma como aporte Argentina y Brasil, en los movimientos de protesta que ayudan a pensar en los espacios puestos en tensión por ellas a través de sus autobiografías en un salto que va desde la singularidad hacia la multiplicidad de experiencias artísticas de la investigadora - autobiográfica y solista - ganan relaciones en un cuerpo colectivo y se apoya en pautas de reivindicación. Tomando como material de las calles la despenalización del aborto como estrategia del discurso subversivo en la instancia de investigación de campo. Un panorama que revela avances, elecciones y modos de vivir y de existir.