Determinantes na escolha do valor justo para propriedades para investimento no Brasil

Este trabalho se baseia na teoria de escolhas contábeis, pautadas nas premissas: (i) eficiência de contratos; (ii) assimetria de informação e (iii) comportamento oportunista (Holthausen, 1990). A adoção inicial do IAS40/CPC 28 - Propriedades para Investimento permite a escolha do método de custo ou...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Anderson Feitosa
Other Authors: Salotti, Bruno Meirelles
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2013
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-25032013-161045/
Description
Summary:Este trabalho se baseia na teoria de escolhas contábeis, pautadas nas premissas: (i) eficiência de contratos; (ii) assimetria de informação e (iii) comportamento oportunista (Holthausen, 1990). A adoção inicial do IAS40/CPC 28 - Propriedades para Investimento permite a escolha do método de custo ou valor justo para mensuração. Foi utilizada uma amostra de 36 empresas abertas que possuíam propriedades para investimento cujo método de avaliação foi divulgado no ano de 2010. O método de mensuração é a variável dependente, uma dummy para escolha do custo ou valor justo. As variáveis independentes analisadas foram: Tamanho; Endividamento; Proporção de Propriedades para Investimento com relação ao Ativo Total; (ROE) Return on Equity, e Lucro Líquido. Através de uma Regressão Logit no software Stata® avaliaram-se quais variáveis são mais influentes na escolha contábil. O achado mais relevante foi a proxy para tamanho de que os custos políticos reduzem a probabilidade de utilizar o valor justo, considerando um nível de significância estatística de 5%. As variáveis constituem-se em: Endividamento, Proporção de Propriedades para Investimento com relação ao Ativo Total e Lucro Líquido, sendo explicativas para escolha do valor justo, considerado um nível de significância estatística de 10%. A variável ROE (returno n equity) não se mostrou significativa. Considerando o ponto de corte (cutoff) de 0,5, o percentual de acerto do modelo foi de 88,89%, ou seja, das 36 observações, 32 foram classificadas corretamente. Por fim, em termos normativos o estudo pode servir aos órgãos reguladores, pois em 2010, das 75 empresas que apresentavam propriedades para investimentos nos balanços, somente 24 sequer mencionaram a forma de avaliação. === This study is based on accounting choice theory, which premises are: (i) contractual efficiency; (ii) information asymmetry and (iii) managerial opportunism reasons could determinate the choice. At the first time adoption for IAS 40 - Investment Properties which allow the choice between fair value or cost model for evaluation. It was used a sample of 36 listed companies which disclosure the evaluation method for 2010. A dummy was used as dependent variable for the choice between cost or fair value model and the independents variable are: Size; Leverage; Rate of Investment Properties against Total of Assets; Return on Equity and Income. Using a logit regression on software Stata® evaluates which variable more influence in the accounting choice. The most relevant finding is the proxy size which political costs decrease the possibility to use fair value, for 5% of statistical significance. Ther variables are: Leverage, Rate of Investment Properties against Total of Assets, that are relevant for choosing fair value, for 10% of statistical significance. The variable ROE is not significant. With a cutoff as 0,5 the percentage of accuracy for the model is 88,89%, which means 36 observations, 32 are correctly classified. In the end, in a normative way, this study may help the accountant setters. In 2010, for 75 listed companies which has investment properties in their financial report only 24 companies not even mention the evaluation method.