Summary: | Este trabalho caracteriza-se como um estudo evolutivo fundamentado na teoria epistemológica de Jean Piaget e também nas pesquisas sobre a construção do conhecimento social sob o enfoque psicogenético. O objetivo central foi investigar as crenças que crianças e adolescentes, inseridos em diferentes contextos, possuíam a respeito da violência. Como também verificar se havia uma possível correspondência entre os níveis de compreensão da realidade social os estágios da inteligência. Para tanto, foram utilizados três instrumentos metodológicos: provas para o diagnóstico do pensamento operatório, entrevista clínica e análise de um curta-metragem. Tanto a entrevista clínica, quanto o curta-metragem foram analisados de acordo com os níveis de compreensão da realidade social e as provas operatórias, quanto os estágios do desenvolvimento cognitivo. Os dados também foram submetidos à análise estatística, por meio do teste de Kruskal-Wallis ou Mann-Whitney. Os resultados confirmaram nossa hipótese, isto é, que existe uma correlação significativa entre os níveis de compreensão da realidade social e os estágios da inteligência. Também notamos que sujeitos apresentam dificuldades em compreender o fenômeno da violência e sua complexidade. Apresentando, muitas vezes, ideias simplistas e pobre, evidenciando que a violência é vista por eles como um fenômeno cotidiano e ligado a eventos mais concretos e imediatistas, tais como: brigar, bater e matar e, portanto, não é entendida como um objeto de reflexão. Isso evidencia a carência de projetos que levem a reflexão e discussão sobre o tema, como também necessidade de se trabalhar a questão da violência também sob a ótica da construção do conhecimento social, principalmente na escola, buscando-se uma compreensão mais elaborada do fenômeno por parte dos alunos === This work is characterized as an evolutionary study based on the epistemological theory of Jean Piaget and also research into the social construction of knowledge from the standpoint psychogenetic. The main objective was to investigate the beliefs that children and adolescents placed in different contexts, had about violence. But also analyze whether there was a possible correlation between the levels of understanding of social reality and the stages of intelligence. Therefore, we used three methodological tools: evidence for the diagnosis of operational thinking, clinical interview and analysis of a short film. Both the clinical interview, as the short film was analyzed according to the levels of understanding of the social and operational tests, as the stages of cognitive development. The data were statistically analyzed by means of the Kruskal-Wallis test or Mann-Whitney. The results confirmed our hypothesis, that there is a significant correlation between the levels of understanding of social reality and the stages of intelligence. We also noted that subjects have difficulties in understanding the phenomenon of violence and its complexity. Introducing often simplistic ideas and poor, showing that violence is seen by them as an everyday phenomenon and events linked to more concrete and immediate results, such as fighting, hitting and killing and therefore is not seen as an object of reflection. This highlights the lack of projects that lead to reflection and discussion on the topic, but also need to work on the issue of violence also from the perspective of social construction of knowledge, especially in school, seeking a more elaborate phenomenon by the students
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