O hiperconsumo de moda como fenômeno hedonista

A presente dissertação é um aprofundamento teórico no campo da moda e do consumo, no qual, teve como proposta fundamental uma análise histórica em termos culturais, sociológicos, psicológicos e filosóficos, do consumo do final do século XIX (pós-revolução industrial) até os dias atuais, com ênfase n...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rosa, Jéssica
Other Authors: Held, Maria Silvia Barros de
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2019
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-24062019-161314/
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Fashion
Hedonism
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Hiperconsumo
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Rosa, Jéssica
O hiperconsumo de moda como fenômeno hedonista
description A presente dissertação é um aprofundamento teórico no campo da moda e do consumo, no qual, teve como proposta fundamental uma análise histórica em termos culturais, sociológicos, psicológicos e filosóficos, do consumo do final do século XIX (pós-revolução industrial) até os dias atuais, com ênfase no modo de como o ato da compra foi gradualmente se desvinculando de necessidades materiais, funcionais e de distinção social, passando a assumir um teor de hiperconsumo hedonista, assim como suas consequências. O desenvolvimento do trabalho se deu a partir de uma pesquisa qualitativa baseada em revisão bibliográfica centrada, sobretudo em três autores atentos ao fenômeno do consumo, são eles: Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, e Colin Campbell. A investigação esclareceu que a história do consumo, sobretudo a de moda, teve grande influência para o desenvolvimento do atual hiperconsumo, seja por meio da evolução da indústria com o fordismo e com a produção em massa, seja com o desenvolvimento dos mercados e do consumo de massa, por meio das lojas de departamentos ou das estratégias de publicidade e marketing, que atrelaram características de sedução em busca de desejos. Assim como, este trabalho concluiu que o atual panorama de hiperconsumo tem grande influência na individualidade do consumidor contemporâneo, que busca através do consumo o prazer e a felicidade, mas que de certa forma isso é mais atrelado às imaginações e devaneios dos sujeitos do que na compra em si, logo, o lado hedonista do bem de consumo chega ao fim muito rapidamente, após sua aquisição ou no seu descarte, o que resultará em frustrações e em um ciclo que é operado com base na lógica do desejo, aquisição, desilusão, desejo. A pesquisa pôde ainda evidenciar que os consumidores, além de buscarem o prazer na compra, buscam em sua maioria a sua criação ou a recriação da identidade, já que a própria sociedade em sua superabundância de produtos, serviços e entretenimento permite essa transitoriedade e fluidez === The purpose of this dissertation is to investigate through theory the fashion and consumption field based on a cultural, sociological, psychological and philosophical historical analysis of consumption in the late 19th century (post-industrial revolution) until today. The emphasis focuses on how the act of purchase has gradually detached from the material, functional and socially distinctive needs, thereby assuming a level of hedonist hyper-consumption, as well as its consequences. The development of this paper was based on qualitative research of a specific bibliographic revision, principally on three authors who focused on consumption, namely: Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, and Colin Campbell. The investigation brought into focus that the history of consumption, especially of fashion, highly influenced the development of the hyper-consumption currently perceived, whether by industrial evolution including Fordism and mass production or through the development of mass consumption markets, through department stores or publicity and advertisement strategies, which have linked characteristics of seduction in the pursuit of pleasure. This paper also shows that the current hyper-consumption overview is highly influenced by the contemporary consumer that seeks for pleasure and happiness through consumption, but somehow it is mostly tied to the imagination and divagations of individuals than to the actual purchase; therefore, the hedonist perspective of the consumer good quickly comes to an end, right after its acquisition or disposal, which may cause frustration and feed a cycle developed on the basis of desire, acquisition, disillusion and back to desire. Additionally, the research evidences that consumers have sought for pleasure through purchase, in addition to create or recreate identity, considering that society and its superabundance of products, services and entertainment allows such transience and fluidity
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