Ele fala de si como de um outro: Samuel Beckett e o objeto voz

Esta dissertação propôs-se a ler Companhia (1980), de Samuel Beckett. Primeiro volume de Nohow on, sua última trilogia, o romance traz ao primeiro plano uma das invenções formais mais instigantes da obra do autor: a voz. Para tanto, foi abordada segundo a teoria da voz de Jacques Lacan, em sua relaç...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sagayama, Mario
Other Authors: Andrade, Fabio Rigatto de Souza
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2017
Subjects:
Voz
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-23062017-134505/
Description
Summary:Esta dissertação propôs-se a ler Companhia (1980), de Samuel Beckett. Primeiro volume de Nohow on, sua última trilogia, o romance traz ao primeiro plano uma das invenções formais mais instigantes da obra do autor: a voz. Para tanto, foi abordada segundo a teoria da voz de Jacques Lacan, em sua relação com a linguagem e, igualmente, enquanto objeto da pulsão invocante. A partir da psicanálise lacaniana, a voz foi posta em relação com outros aspectos fundamentais da obra de Beckett, tais como o corpo, o luto e o espaço, o que possibilitou aproximações tanto da prosa quanto do teatro do autor. === Reading Company (1980) was the aim of this paper. The first volume of Samuel Beckett´s Nohow on, his last trilogy, the novel brings up to the foreground one of the most thought-provoking formal features of Beckett´s work: the voice. In this reading, voice was approached according to Jacques Lacan voice theory, in what concerns language and, also, as an object of invocatory drive. Departing from Lacanian psychoanalysis, voice was crossed with other fundamental aspects to Beckett´s work, such as the body, grief and space, which allowed to come closer to both his prose and his drama.