Influência de métodos de esterilização nas propriedades físicas do substrato dental

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de métodos de esterilização do substrato dental sobre a microdureza de dentes extraídos (esmalte e dentina radicular) submetidos a ciclos de pH, e ainda verificar a influência destes métodos sobre a resistência adesiva do esmalte, dentina coroná...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Nogueira, Juliane Cristina Ciccone
Other Authors: Dibb, Regina Guenka Palma
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2010
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-19032010-113044/
Description
Summary:O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de métodos de esterilização do substrato dental sobre a microdureza de dentes extraídos (esmalte e dentina radicular) submetidos a ciclos de pH, e ainda verificar a influência destes métodos sobre a resistência adesiva do esmalte, dentina coronária e radicular. Para os testes de microdureza, dez terceiros molares extraídos foram seccionados em 40 fragmentos de esmalte e 40 de dentina radicular, sendo divididos aleatoriamente em 4 grupos (para ambos os substratos): Controle - não esterilizado, Óxido de Etileno 7h ciclo de OE/48h aeração, Autoclave 30 à 121oC e Formalina 10% - por 7 dias. Após a esterilização, as amostras foram lavadas, reumidificadas e submetidas a ciclos de pH. Os testes de microdureza em profundidade (30, 60, 90, 120 e 300&micro;m) foram realizados no substrato hígido e desmineralizado. Para os teste de resistência adesiva, 30 terceiros molares extraídos foram seccionados em 60 fragmentos de esmalte, 60 fragmentos de dentina coronária e 60 fragmentos de dentina radicular, sendo divididos aleatoriamente em 4 grupos (para todos os substratos): Controle, Óxido de Etileno, Autoclave e Formalina 10%. Em seguida, os sítios de adesão foram demarcados e cilindros de resina composta foram confeccionados em 3 incrementos. Após 24 horas, os espécimes foram submetidos a testes de cisalhamento. Os dados obtidos para ambas as avaliações foram submetidos à ANOVA e teste de Fisher (&alpha; =0,05). Para microdureza em esmalte hígido pode-se verificar que o controle apresentou maior valor de dureza e estatisticamente diferente dos outros grupos, sendo que os métodos promoveram alteração da dureza, diminuindo-a (controle>óxido de etileno>autoclave>formalina). Contudo, para as profundidades não houve diferença estatística. Para o esmalte desmineralizado, o grupo controle apresentou maiores valores de dureza diferente estatisticamente da formalina e óxido de etileno e semelhante a autoclave (controle &asymp; autoclave > Formalina &asymp; óxido de etileno). Para as profundidades, observou-se que 30&micro;m < 60&micro;m &asymp; 90&micro;m &asymp; 120&micro;m < 300&micro;m. Para dentina radicular hígida pode-se observar que grupo controle apresentou maior valor de dureza, semelhante ao óxido de etileno e a formalina e diferente da autoclave, sendo a formalina similar ao óxido de etileno e diferente da autoclave. Entretanto, para as profundidades testadas não houve diferença estatística neste substrato. Para a dentina desmineralizada pode-se observar que o método não apresentou diferença significante, contudo para as profundidades ocorreu diferença, 30&micro;m foi similar a 90&micro;m e diferente de 300&micro;m e 120&micro;m. 300&micro;m apresentou as maiores médias de microdureza. Com relação aos testes de resistência adesiva em esmalte os métodos foram semelhantes entre si, assim como em dentina coronária, contudo em dentina radicular a formalina proporcionou maiores valores de adesão. Pode-se concluir que os métodos de esterilização influenciaram na microdureza do esmalte hígido e desmineralizado, bem como, na dentina hígida não promovendo alteração na dentina desmineralizada. Entretanto, os métodos não influenciaram nos resultados dos testes de resistência adesiva em esmalte e dentina coronária, alterando apenas a adesão em dentina radicular. === The aim of this study was to evaluate the influence of sterilization methods (ethylene oxide, steam autoclave and 10% formalin) on microhardness of extracted human teeth (enamel and root dentin) submitted to pH cycling, and to determine the influence of these methods on shear bond strength (enamel, coronary and root dentin). For microhardness test, 40 root dentin and 40 enamel blocks were prepared from freshly-extracted third molars. Specimens were randomly assigned to 4 groups according to sterilization method: control group no sterilized, ethylene oxide (7h- EtO gas cycles and 48 degassing period), steam autoclave (30´ at 121oC) and 10% formalin (7 days). After sterilizing, specimens were rinsed, moisten and submitted to pH cycling. Microhardness test in different depths (30, 60, 90, 120 and 300&micro;m) was realized on sound and demineralized areas. For shear bond strength test, 60 enamel, coronary and root dentin fragments were randomly divided into 4 groups according to sterilization method: control group, ethylene oxide, steam autoclave and 10% formalin. The bonding site was delimited and a resin composite cylinder was built. After 24h, the specimens were tested to failure. Data were analyzed using ANOVA and Fishers test (&alpha;=0.05). Sound enamel microhardness showed the highest values for control group, followed by ethylene oxide and steam autoclave, while the 10% formalin provided the lowest values. For depths, ANOVA showed no statistical difference among them. For demineralized enamel, control group was similar to steam autoclave group and higher than formalin and ethylene oxide (control &asymp; steam autoclave > formalin &asymp; ethylene oxide). Comparing depths, it was observed that 30&micro;m < 60&micro;m &asymp; 90&micro;m &asymp; 120&micro;m < 300&micro;m. For sound root dentin, control group was similar to formalin and ethylene oxide and higher than steam autoclave, being formalin similar to ethylene oxide and different from steam autoclave. It was not verified statistical difference for depths in this substrate. For desmineralized root dentin, ANOVA showed no statistical difference among the methods. For depths, 30&micro;m was similar to 90&micro;m and different from 300 and 120&micro;m. 300&micro;m provided the highest values. For bond strength in root dentin, it was observed statistically significant difference among sterilization methods, presenting formalin the highest values. However, when enamel and dentin were evaluated, ANOVA showed no statistical difference among sterilization methods. It can be concluded that, the sterilization methods employed in this study affect the microhardness of sound and demineralized enamel and sound dentin. On the other hand, the sterilization methods did not affect the microhardness of demineralized root dentin. Shear bond strength was affected by the sterilization methods only in root dentin.