Summary: | A abordagem sobre Mobilidade Urbana se deu sobre um conceito mais sustentável que leve a mudanças de hábitos em relação ao uso racional do automóvel essenciais para a Promoção da Saúde. Propostas como deslocamento ativo (andar a pé, de bicicleta e outros) foram aqui discutidas. Os congestionamentos causados pelo excesso de veículos nas ruas levam ao stress, a poluição do ar, a violência no trânsito e isso tudo acaba interferindo nos deslocamentos das pessoas e das crianças em idade escolar, nossa população de estudo. Analisar as vivências de crianças na faixa etária de 11 a 14 anos, que frequentam o Ensino Fundamental no município de São Paulo sobre mobilidade casa/escola/casa e outras atividades considerando as desigualdades sociais existentes entre os territórios da cidade foi nosso objetivo geral. A Pesquisa foi qualitativa e quantitativa, de caráter exploratório. A pesquisa incluiu no processo metodológico, a análise documental das Políticas de Mobilidade Urbana no âmbito Nacional, Estadual e Internacional e a aplicação de questionário, via tablet para os escolares além de entrevistas semi-estruturadas com questões abertas, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos entrevistados técnicos (gestores) que trabalham nas áreas de Mobilidade Urbana, Planejamento Urbano, Transporte e Trânsito da cidade de São Paulo, após aprovação do Comitê de Ética. A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos da \"análise de conteúdo de Bardin\". Resultados obtidos mostraram que a maiorias das crianças se deslocam a pé para escola, apesar dos perigos encontrados no caminho, independente do índice de maior exclusão/menor exclusão. Algumas utilizam vans escolares da Prefeitura ou Particular, mas relataram que gostaria de fazer o trajeto a pé para conversar com os amigos. Algumas crianças disseram ter sofrido assédio por estranhos no caminho casa/escola/casa. A Política de Mobilidade Urbana da cidade São Paulo pareceu frágil em alguns aspectos na opinião dos entrevistados que sugeriram algumas mudanças. Conclui-se que existe a necessidade de Políticas e Programas de Mobilidade Urbana para crianças em idade escolar, uma vez que a política atual não contempla essas ações diretamente. Parcerias com Governos (Federal, Estadual e Municipal) são necessárias para construção dessas políticas e implementação de modelos de gestão. A participação da população nesse processo é de grande importância. === The approach on urban mobility was based on a more sustainable concept that may lead to changes in mobility habits and rational car usage, which are essential to health promotion. Some proposals that include active displacement (walking, cycling and others) were discussed. Traffic jams caused by the increased number of vehicles on the streets lead to stress, air pollution, and violence. These factors may interfere in the displacement of the general population and school-age children. Our main objective was to analyze the experiences of children, between the ages of 11 and 14 years, attending an elementary school in the city of São Paulo, on home-to-school-to-home transport and other activities, considering the socio-territorial inequality. This is a qualitative and quantitative research. Document analysis was made of the national, state and international urban mobility policies. The school-age children responded to questionnaires via tablet. Semi-structured interviews were administered to managers in charge of urban mobility and planning, transport and road traffic of the city of São Paulo, who provided a signed informed consent after approval by the Research Ethics Committee. Data analyses were based on content analysis proposed by Bardin. The results showed that most children went to school on foot and only a few were transported by public or private school minivans. The urban mobility policy of the city of Sao Paulo seemed inefficient in some respects, according to the respondents, who also suggested some changes. It is concluded that there is a need for urban mobility policies and programs for school-age children since the current policy does not cover these issues. Partnerships with the federal, state and local authorities are required to establish such policies and to implement management models. The participation of the population in this process is of utmost importance.
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