Summary: | Duas técnicas invasivas para o tratamento da doença aterosclerótica coronariana oclusiva firmaram-se ao longo dos anos: revascularização cirúrgica do miocárdio e angioplastia transcutânea com stents metálicos. O estudo visa comparar as alterações histopatológicas causadas por stents metálicos coronarianos fabricados com a superliga de composição química em porcentagem em peso cromo 20%, tungstênio 15%, níquel 10% e cobalto restante, designada ASTM F.90, revestidos, ou não, com carbeto de silício pelo processo de asperção térmica originando uma superfície hidrofílica. Stents com espessura das hastes entre 80 a 90 nm, área das células entre 1,4 a 2,1 mm² e relação metal-artéria de 13 a 19%, em pacientes reestenosantes que sofreram posteriormente revascularização cirúrgica do miocárdio, com aqueles não submetidos à angioplastia prévia. Foram determinados dois grupos: grupo I ou grupo controle, pacientes que sofreram revascularização cirúrgica do miocárdio sem angioplastia prévia de qualquer natureza; grupo II pacientes submetidos à revascularização cirúrgica do miocárdio, após reestenose intra-stent coronariana. Pacientes de ambos os grupos foram avaliados rotineiramente quanto à indicação e risco cirúrgico e durante o procedimento convencional da revascularização cirúrgica do miocárdio utilizando circulação extracorpórea, antes de realizar a anastomose do enxerto vascular na coronária, amostras contendo pequenos fragmentos de endotélio foram retiradas juntamente com fragmentos dos stents, enviadas para análise histopatológica e produção de laminas coradas com H-E. Observou-se a presença de arterite crônica caracterizada por infiltrado mononuclear em conjunto com fenômeno de proliferação fibroblástica e de musculatura lisa naqueles pacientes que apresentavam reestenose intra-stent, sendo mais intenso no local do stent. A visualização das superfícies dos stents em escala nanometrica (MFA) é de suma importância para análise estrutural das próteses, avaliando irregularidades nas superfícies recobertas das hastes dos stents. A persistência de arterite crônica coronariana avaliada por infiltrado linfomononuclear e proliferação de fibrocolágeno foi constatada em pacientes reestenosantes. === Two invasive techniques for the treatment of occlusive coronary atherosclerosis disease were signed over the years: coronary artery bypass surgery and transcutaneous angioplasty with bare metal stent. The study attempts to compare the histopathological abnormality caused in patients with implantation of bare metal stent in coronary made with: Chromium 20%, Tungsten 15%, Nickel 10% and Cobalt remainder, ASTM F.90 alloy for surgical implant applications, and covered with a thin layer of amorphous silicon carbide, or not, and its total or partial obstruction, after undergoing coronary artery bypass grafting, with those who had coronary artery bypass surgery with no previous angioplasty. Two groups were studied: group I, or control group, patients who underwent coronary artery bypass grafting without previous angioplasty of any kind; group II of patients undergoing coronary artery bypass surgery after coronary-stent restenosis. Patients in both groups were evaluated for the indication and surgical risk; was done routinely during the procedure of conventional coronary artery bypass grafting with cardiopulmonary bypass. Before performing the anastomosis in coronary vascular graft, a small fragment of the endothelium was removed along whit a fragment of the stent, and sent for analysis with hematoxilin-eosin. The presence of chronic inflammatory coronary reaction was detected, mediated by mononuclear cells with phenomenon of fibroblast and smooth muscle proliferation in patients presenting in-stent restenosis. It w coronary reaction as also observed that the inflammatory and proliferative process is more intense at the site of stent implantation. The analysis of surface of the stents used atomic force microscopy proved to be an important method for the surface analysis for stents, and showed on nanometric scale an irregular coverage of silicon carbide. In conclusion, in the patients with restenosis in-stent occurs persistence of chronic inflammation with mononuclear cells and process of fibroblast proliferation.
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