Crime, proceder, convívio-seguro: um experimento antropológico a partir de relações entre ladrões

Neste experimento antropológico, fortemente inspirado na obra de Michel Foucault, apresento uma etnografia constituída principalmente a partir de conversas travadas com presos, ex-presos e seus familiares, em torno de experiências prisionais. No primeiro capítulo, exploro diferentes compreensões sob...

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Bibliographic Details
Main Author: Marques, Adalton Jose
Other Authors: Schritzmeyer, Ana Lúcia Pastore
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2010
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-15032010-103450/
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Ladrão
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Proceder
Marques, Adalton Jose
Crime, proceder, convívio-seguro: um experimento antropológico a partir de relações entre ladrões
description Neste experimento antropológico, fortemente inspirado na obra de Michel Foucault, apresento uma etnografia constituída principalmente a partir de conversas travadas com presos, ex-presos e seus familiares, em torno de experiências prisionais. No primeiro capítulo, exploro diferentes compreensões sobre o proceder e sobre a divisão espacial convívio-seguro, elaboradas como resposta à pergunta nativa o que é o certo?. Cada uma delas se faz como defesa do coletivo de presos donde emerge e como execração dos coletivos inimigos. No segundo capítulo, busco deslindar uma dimensão de estratégias adjacente a essas compreensões, onde os presos são levados a prestar atenção a eles próprios, precavendo-se para manterem um singular equilíbrio entre ser humilde e ser cabuloso. Nisso consiste o sentido do que designam por ser ladrão. Finalmente, no último capítulo mapeio uma noção de crime fundamental aos meus interlocutores, definido como movimento que estabelece as alianças nutridas entre ladrões e outros aliados ao mesmo tempo em que define inimigos a partir de considerações sobre suas caminhadas. === In this anthropological experiment inspired in the Michel Foucault works I present an ethnography mainly constituted from conversations with prisoners, ex-prisoners and their families about the experience of prison. In the first chapter I tried to present the native answers to the question they address to themselves: Which is the right way to behave?. So I worked on the meanings of the native concept of proceder and the internal division of the space of the prisons under the conviviality-security label. In each of these places they present their defenses and claim to be acting the right way, condemning the other collectivity. In the second chapter I show the strategies that underlies in the proceder especially those that make them pay attention to themselves in a balance between being humble and being fearless, the main definition they present for being a bandit. Finally, in the last chapter, I map the native concept of crime defined as a movement that institute the nurturing alliances among bandits and other allies in the same time that define the enemies from the speculations they get in their path.
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