Summary: | Para a ciência, som é uma onda mecânica, variação periódica da pressão do ar, mas para os jovens é sinônimo de música, cuja presença no seu cotidiano se reforça pela atual facilidade de acesso a recursos de comunicação, informação, registro e reprodução, o que não significa maior conhecimento significativo de música. O mesmo ocorre com a Ciência, pois a facilidade em encontrar informações científicas nas mais variadas fontes não corresponde a maiores conhecimentos científicos que os jovens em geral possuam. Uma integração entre a Física e a Música facilita a aproximação do ambiente vivencial dos alunos e de seus interesses com os saberes formais abrindo passagens nas fronteiras que separam a Arte da Ciência. Isso não se restringe à promoção de conhecimento científico, pois pode contribuir para uma formação cultural e musical, igualmente importante, reforçada com conhecimentos de acústica, pensando-se a escola como um espaço de formação humana ampla, de forma que a música não está \"a serviço\" do aprendizado da Física, nem vice-versa. Essa integração em termos de conteúdos foi buscada envolvendo jovens como partícipes ativos em um diálogo, no qual sua vivência teve papel efetivo. A partir do enfoque do Grupo de Reelaboração do Ensino de Física, o GREF, que originalmente não deu ênfase à relação acústica-música, foram desenvolvidos materiais de apoio para um ensino com essa perspectiva, e em seguida testados com aparente sucesso em algumas aulas. Procurou-se assim corroborar na prática a possibilidade de uma aproximação entre a Física e a Música e, portanto entre Arte e Ciência, como contribuição para se conceber uma escola mais preocupada com os jovens e sua cultura, sem abrir mão de sua qualificação formal. === As far as science is concerned, sound is an acoustic wave, a periodic oscillation of air pressure, bur for young people it is synonymous of music, whose presence in daily life is reinforced by today easy access to different resources of communication, information, register and reproduction, this does not mean an expressive knowledge of music. The same occurs with science, because the easy access to scientific information does not correspond to larger scientific knowledge that most people seem to have. An integration between Physics and Music narrows the path between the living environment of the students and their interest for formal learning paving the road on the frontiers that divide Art and Science. The aim of this connection not restricted to the promotion of scientific knowledge, but can as well contribute to the equally important cultural and musical education, reinforced by the understanding of acoustics, the school is thought in broader human terms, to which music is not to serve physic nor vice-versa. This integration, in terms of concept, was reached involving a group of youths in a dialog, in which their background had an effective role, as active participants. Based on the scope of the Physics Teaching Re-Engineering Group (GREF), which originally did not focus on the acoustic-music relation, didactic material were developed for teaching under this perspective, followed by some dry-runs with significant success in a few classes. The final target of taking advantage of the proximity of Physics and Music was reached and, as such, Art and Science, contributing to build a school more focused on the young people and their culture, not leaving behind their formal qualification.
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