Fatores associados com a não adesão à farmacoterapia em pacientes com diabetes atendidos em uma unidade básica de saúde

Atualmente, o diabetes mellitus (DM) é uma doença onerosa para cofres públicos, devido às complicações micro e macrovasculares usualmente devido a não adesão à terapêutica. Tornando importante identificar novas variáveis que influenciam a não adesão à farmacoterapia, principalmente na atenção primár...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Peres, Heverton Alves
Other Authors: Freitas, Maria Cristina Foss de
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2019
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12072019-082422/
Description
Summary:Atualmente, o diabetes mellitus (DM) é uma doença onerosa para cofres públicos, devido às complicações micro e macrovasculares usualmente devido a não adesão à terapêutica. Tornando importante identificar novas variáveis que influenciam a não adesão à farmacoterapia, principalmente na atenção primária, onde os estudos no Brasil são escassos. Objetivo: Avaliar os fatores que influenciam a adesão a farmacoterapia em pacientes com diabetes tipo 1 (T1DM) e diabetes tipo 2 (T2DM) atendidos em uma unidade básica de saúde. Métodos: Esse é um estudo transversal realizado em pacientes com T1DM e T2DM com idades entre 18 a 90 anos, usuários de insulina e agentes anti-diabéticos selecionados de uma unidade básica de saúde do município de Franca - SP. Os instrumentos MedTake (MT), Morisky-Green (TMG), Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT), Índice de Complicações do Diabetes (CDI) e Teste Auto-Compliance (ACT) foram aplicados em todos pacientes por um único pesquisador do estudo. Os pacientes foram divididos em T1DM e T2DM com pontuações no TMG>80 para o grupo aderente e TMG<=80 para o grupo não aderente. Uma análise de regressão logística foi realizada para avaliar o efeito das variáveis na adesão ao tratamento, assim usamos como variável dependente o TMG e as variáveis independentes foram: clínicas, sociodemográficas, relacionadas aos medicamentos, CDI e Auto-Compliance. Esse modelo produziu odds ratio (OR) com medidas de associação com seus respectivos intervalos de confiança (IC). Os IC que não incluíram 1 foram considerados estatisticamente significantes (p<0.05). Para controlar os possíveis efeitos de confusão do sexo, idade e tempo de diagnóstico, o modelo de regressão logística múltipla produziu OR ajustadas. Resultados: Houve forte associação entre depressão e não adesão a farmacoterapia nos pacientes com T1DM nas faixas etárias de 41-60 anos, OR=4.6(1.4-14.2) fato que não ocorrem nas outras faixas etárias. A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) foi associada a não adesão à farmacoterapia em pacientes com T2DM OR=2.3(1.1-5.1).9 Conclusão: Equipes multidisciplinares, gestores e formuladores de políticas públicas de saúde devem considerar a depressão e ICC no manejo dos pacientes com DM em relação a não adesão à farmacoterapia === Currently, diabetes is disease onerous to public safes due to micro and macrovasculares complications and non-adherence to therapeutic. In this sense, is crucial to identify new variables that influence the non-adherence to pharmacotherapy, mainly in the primary care, where the studies in Brazil are scared. Objective: To evaluate the factors that influence the adherence to pharmacotherapy in patients with type 1 diabetes (T1DM) and type 2 diabetes (T2DM) attended in the a primary health care unit. Methods: This is a cross-sectional study in patients with T1DM and T2DM aged 18-90 years, insulin and anti-diabetic drugs users selected from a primary health care unit in Franca-SP. The MedTake (MT), Morisky-Green (TMG), Pharmaco-Complexity Index (CPI), Diabetes Complication Index (CDI) and Self-Compliance Test (ACT) instruments were applied in all patients by a single study investigator. Patients were divided into T1DM and T2DM with scores in the TMG > 80 for the adherent group and TMG <= 80 for the non-adherent group. A logistic regression analysis was performed to evaluate the effect of the variables on the adherence to the treatment, so we used as a dependent variable the TMG and the independent variables were: clinical, sociodemographic, drug related, CDI and AutoCompliance. This model produced odds ratios (OR) with measures of association with their respective confidence intervals (CI). The CI that did not include 1 were considered statistically significant (p <0.05). To control the possible confounding effects of gender, age and time of diagnosis, the multiple logistic regression model produced adjusted OR. Results:There was a strong association between depression and non-adherence to pharmacotherapy in patients with T1DM in the age groups of 41-60 years, OR = 4.6 (1.4- 14.2), a fact that does not occur in other age groups. Congestive heart failure (CHF) was associated with non-adherence pharmacotherapy in patients with T2DM OR = 2.3 (1.1- 5.1). Conclusions: Multidisciplinary teams, managers and formulators of public health policies should consider depression and CHF in the management of patients with DM in relation to non-adherence to pharmacotherapy