Summary: | A utilização da enzima fitase nas dietas de não ruminantes permite a quebra da molécula de ácido fítico presente em ingredientes de origem vegetal e disponibilização do fósforo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de uma fitase bacteriana na liberação de fósforo fítico utilizando curvas de calibração para características ósseas e de desempenho em frangos de corte, e comparar os critérios de resposta quanto a adequação para estimativa da liberação de fósforo, assim como a viabilidade econômica da inclusão da fitase em dietas de frangos de corte. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualisado com 6 tratamentos e 6 repetições no período de 1 a 28 dias de idade. O tratamento controle consistiu de dieta à base de milho e farelo de soja deficiente em fósforo disponível (0,20% e 0,15% de P disponível para as fases de 1 a 21 e 22 a 28 dias, respectivamente). Dois tratamentos corresponderam às dietas basais acrescidas de fósforo inorgânico nos níveis de 0,05% e 0,10%, e os outros três a dieta basal com a inclusão de 66, 99 e 131 FTU/kg de ração. A curva padrão foi construída através do efeito de três níveis de P suplementar consumido sobre variáveis de desempenho e características ósseas. Em seguida, os resultados obtidos com inclusão de fitase foram confrontados com a curva padrão para o cálculo de P liberado pela fitase. O desempenho dos frangos de corte foi prejudicado em função da deficência em P na dieta. Os níveis crescentes de P suplementar influenciaram as variáveis ganho de peso, peso vivo e consumo de ração de forma quadrática, e de forma linear a variável miligramas de cinzas ósseas. A resposta linear é a que melhor descreve a curva padrão, dessa forma, a equação da variável mg de cinzas ósseas foi utilizada para construção da curva. As inclusões de 66, 99 e 131 FTU/kg liberaram, respectivamente, 0,048%, 0,049% e 0,062% de P em dieta à base de milho e farelo de soja. Este estudo demonstra a eficiência da fitase bacteriana em liberar fósforo fítico em dietas com baixos níveis de P, e o benefício econômico da utilização da enzima em dietas de frangos de corte. === Use of the enzyme phytase in the diets of nonruminants allows the hydrolysis of the molecule of phytic acid present in ingredients of plant origin, increasing phosphorus avalilability. The objective of this study was to determine the efficiency of a bacterial phytase to release phytate phosphorus using calibration curves for performance and bone characteristics in broiler chickens, and compare the response criteria for adequacy for estimating the release of phosphorus, as well the economic viability of inclusion of phytase in broiler chickens diets. A completely randomized design with 6 treatments and 6 replicates was used in an experiment with chickens from 1 to 28 days of age. The control treatment was a diet based on corn and soybean meal deficient in availability phosphorus (0,20% and 0,15% available P in the 1 21 and 21 28 days periods, respectively). Two treatmens consisted of the basal diet supplemented with inorganic phosphorus, and the other three treatments received 66, 99 and 131 FTU/kg of feed. The standard curves represented the effect of three levels of additional P intake on performance and bone variables. Then, the responses of the phytase treatments were compared to the standard curves to calculate the P released by phytase. Performance was negatively affected by the P-deficient diets. The increasing levels of supplemental P had quadratic effect on weight gain, live weight and feed intake, and linear effect on mg of bone ash. The linar response is the on that better represents the standard curve, thus the equation of bone ash was elected to estimative the P released. Inclusion of 66, 99 and 131 FTU/kg released 0.048%, 0.049% and 0.062% P from the corn-soy diet. This study demonstrates the efficiency the efficiency of the bacterial phytase to release phosphorus at low levels of inclusion, which may be of economical significance in diets broiler chickens.
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