Summary: | A falta de informação sobre as doenças mentais é um dos fatores que contribui para a demora na identificação de pessoas que estão apresentando sinais e sintomas iniciais da psicose. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever as necessidades de informação de familiares no período que antecede o primeiro episódio psicótico. Método: Foram entrevistados 13 familiares de 11 jovens que passaram pela primeira internação psiquiátrica, em decorrência do primeiro episódio psicótico no período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Para a obtenção dos dados foram utilizados os seguintes instrumentos: formulário sócio demográfico dos participantes, formulário clínico sobre o doente, genograma, diário de campo e roteiro de questões norteadoras para guiar a entrevista. Os dados sócio demográficos e clínicos foram computados segundo frequência e porcentagem e as entrevistas foram submetidas à analise de conteúdo latente. Resultados: Com relação aos participantes do estudo, pôde-se observar um predomínio de mães nas entrevistas, o uso de drogas por oito dos 11 jovens participantes antes da primeira internação, e dificuldade dos jovens em seguirem o tratamento proposto pelos serviços de saúde mental. A análise das entrevistas evidenciou que as famílias apresentam duas principais categorias de falta de informação no período que antecede o primeiro episódio psicótico: a necessidade de informação sobre a doença e a necessidade de informação sobre onde buscar ajuda. Discussão: As duas categorias indicam que principalmente as famílias, os profissionais de saúde e educação, necessitam de informações mais detalhadas sobre o adoecimento mental e sobre o sistema público de saúde mental. Essas duas categorias são interdependentes e resultam em atraso do acesso aos serviço de saúde mental especializados e também no sofrimento do adoecido e seus familiares. Conclusão: No que tange ao sistema público de saúde mental, os prestadores de serviços de atenção primária e de emergência precisam ser melhor treinados para identificar e encaminhar adequadamente jovens em risco de desenvolver psicose e outros transtornos. Além disso, a aproximação da enfermagem com as escolas é um caminho importante que pode ajudar a descomplicar o processo === The lack of information about mental illness is a factor that contributes to the delay in identifying people who are showing initial signs and symptoms of psychosis. Objective: This study aimed to describe the information needs of family members during the period preceding the first psychotic episode. Methods: We interviewed 13 families of 11 young people who have gone through the first psychiatric hospitalization as a result of the first psychotic episode in the period among January 2011 to June 2012. To obtain the data we used the following instruments: the participants\' socio-demographic form, clinical form of the patient, genogram, field diary and roadmap guiding questions to guide the interview. The sociodemographic and clinical data were computed as frequency and percentage and interviews were subjected to analysis of latent content. Results: About study participants, we could observe a predominance of mothers in interviews, the use of drugs for eight of the 11 young participants before the first hospitalization, and difficulty of young people to follow the proposed treatment by mental health services. The analysis of the interviews showed that families have two main categories of information needs in the period preceding the first psychotic episode: the need for information about the disease and the need for information on where to seek help. Discussion: The two categories indicate that mainly families, healthcare and education workers need more detailed information about mental illness and the public mental health system. These two categories are interdependent and result in delayed access to specialized mental health service and also the suffering of the sick and their families. Conclusion: Regarding the public mental health system, providers of primary care services and emergency need to be better trained to identify and appropriately refer young people at risk of developing psychosis and other disorders. Moreover, the approach of nursing with schools is an important way that can help untangle the process
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