Avaliação econômica e energética da distribuição direta do etanol hidratado no Estado de São Paulo

Na busca por soluções que minimizem os impactos ambientais, causados especialmente por atividades da economia que dependem integralmente de alguma fonte de energia para funcionar, surgem novas alternativas de caráter renovável. No caso do setor de transportes, que...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gama, Mateus Brito
Other Authors: Widmer, João Alexandre
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2014
Subjects:
GIS
SIG
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18144/tde-08072014-121712/
Description
Summary:Na busca por soluções que minimizem os impactos ambientais, causados especialmente por atividades da economia que dependem integralmente de alguma fonte de energia para funcionar, surgem novas alternativas de caráter renovável. No caso do setor de transportes, que se destaca na emissão de gases efeito estufa, o etanol hidratado proveniente da cana de açúcar tem se mostrado como uma opção à gasolina. Entretanto, para torná-lo competitivo no mercado, o etanol deve ser viável em termos econômicos e energéticos em todas as etapas da cadeia de suprimento. Na distribuição do etanol hidratado no mercado nacional, há uma importante restrição na regulamentação do setor, que determina que o etanol produzido nas usinas tenha passar por bases de distribuição antes de chegar aos centros de consumo, impedindo a entrega direta do mesmo. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo investigar os ganhos econômicos e energéticos da distribuição direta do etanol hidratado no estado de São Paulo. Para isso foram criados dois cenários de avaliação, o primeiro, representando o sistema atual de distribuição e o segundo representando a entrega direta. Na avaliação dos cenários foi desenvolvido um modelo custo e outro de gasto energético. A partir dos cálculos realizados, obteve-se um custo de R$ 559,09 mi para o Cenário 1, e de R$ 295,62 mi para o Cenário 2, o que resultou em um ganho de R$ 263,46 mi a partir da entrega direta. Apesar do ganho, sabe-se que a viabilização da entrega direta depende da implementação de novas estruturas, o que implicaria em novos custos. Neste caso o ganho real estaria no custo de transportes, que representa cerca de R$ 137,33 mi. Com relação ao gasto energético, o Cenário 1 resultou em 1,69 bi de MJ, e o Cenário 2 em 1,22 bi de MJ, representando um ganho de 469,4 mi de MJ. Comparando este ganho com outros valores divulgados na literatura para a mesma etapa da cadeia, observa-se que há grande divergência entre os mesmos. Outro aspecto observado foi a pouca representatividade do gasto energético da etapa de distribuição, quando comparada com a etapa agrícola. === In the search for solutions that minimize environmental impacts, especially caused by economic activities that are completely dependent on any source of energy to operate, new alternatives of renewable character emerge. In the case of the transport sector, which stands in the greenhouse gases emissions, the hydrous ethanol from sugar cane has been shown to be an option to gasoline. However to make it competitive in the market, it should be feasible in economic and energetic terms in all steps of the supply chain. In the scenario of distribution of hydrous ethanol in the domestic market, there is an important legal restriction on the regulation of the sector, which states define that ethanol produced in plants must go through distribution bases before coming to consumption centers , preventing the direct delivery. The present study aimed to investigate the economic and energetic gains of direct distribution of hydrous ethanol in the state of São Paulo. For this evaluation two scenarios were created, them first, representing the current distribution system, and the second, representing the direct delivery. To evaluate both scenarios, a cost and an energy consumption models were developed. From the calculations performed, it was obtained a cost of R$ 559,09 million to Scenario 1, and R$ 295,62 million to Scenario 2, which resulted in a gain of R$ 263,46 million from direct delivery. Despite the gain, it is known that the feasibility of direct delivery depends on the implementation of new structures which would imply on new costs. In this case the real gain would be at the cost of transport, which accounts for approximately R$ 137,33 million. With respect to energy consumption, the Scenario 1 resulted in 1,69 billion of MJ, and Scenario 2 in 1,22 billion of MJ, which represents a gain of 469.4 million of MJ . Comparing this gain with other values reported in the literature for the same step of the supply chain, it is observed that there is a great difference between them. Another significant aspect is the low representativeness of the energy consumption of the distribution step, when compared with the agricultural step.