Relação entre horas requeridas e horas disponíveis de assistência de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva.

Dispor de um quantitativo de profissionais da enfermagem que atendam a demanda de assistência necessária a cada doente é parte fundamental do cuidado ao paciente crítico. O presente estudo teve como objetivo comparar e analisar a relação entre quantitativo de horas disponíveis e horas requeridas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gouvêa, Pollyana Bortholazzi
Other Authors: Laus, Ana Maria
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07112012-152739/
Description
Summary:Dispor de um quantitativo de profissionais da enfermagem que atendam a demanda de assistência necessária a cada doente é parte fundamental do cuidado ao paciente crítico. O presente estudo teve como objetivo comparar e analisar a relação entre quantitativo de horas disponíveis e horas requeridas para o cuidado de enfermagem à pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo transversal descritivo e exploratório, baseado em dados retrospectivos. Foi realizado em uma instituição hospitalar que dispõe de 193 leitos de internação clínica médica-cirúrgica, dos quais 36 são destinados à terapia intensiva. O quadro funcional de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva é constituído por 22 enfermeiros e 105 técnicos/auxiliares de enfermagem. Para coleta dos dados foram utilizados dois instrumentos, sendo o primeiro para caracterização da clientela, levantamento dos dados da internação e mensuração da gravidade dos pacientes segundo o índice prognóstico APACHE II. O segundo instrumento foi o Nursing Activities Score (NAS) que mensura as necessidades cuidativas de cada paciente. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva. Os resultados apontaram que a taxa de ocupação da unidade no período do estudo foi de 88,8% e a média de permanência dos pacientes, de 8,3 dias. A amostra foi constituída em sua maioria por homens (63,45%), com idade superior a 60 anos (73,2%) e destes, 39% (16) possuíam 75 anos ou mais. As causas das internações na UTI foram decorrentes de complicações clínicas. A média do escore APACHE II foi de 17,8 pontos e a média geral do NAS foi de 87,7 pontos (± 10,3). O quadro efetivo diário foi, em média, de 23,6 profissionais de enfermagem nas 24 horas ou 7,9 profissionais por turno entre enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem. Entretanto, a necessidade identificada pela aplicação do instrumento NAS para as 24 horas foi de 14 profissionais por turno ou 42 profissionais nas 24horas. Ao converter este quantitativo em horas de cuidado pode-se afirmar que os pacientes receberam 57,2% da assistência de enfermagem que necessitariam. Os resultados possibilitaram afirmar que os pacientes estudados geraram uma alta carga de trabalho de enfermagem enquanto permaneceram na unidade e a adequação do quantitativo de profissionais se constitui num requisito essencial para uma assistência segura nesta unidade estudada. === Have a quantitative of nursing professionals that meet the demand for assistance to each patient is a fundamental part of the critical patient care. This study aimed to compare and analyze the relationship between quantitative available hours and hours required for the nursing care to patients hospitalized in an intensive care unit. This is an exploratory and descriptive cross-sectional study, based on retrospective data. It was held in a hospital that provides 193 medical surgical clinic inpatient beds, which 36 are intended for intensive therapy. The nursing staff in intensive care unit is composed of 22 nurses and 105 technicians/nursing assistants. For data collection were used two instruments, being the first one to clientele characterization, inpatient data survey and measurement of the patients severity according to prognostic index APACHE II. The second instrument was the Nursing Activities Score (NAS) that measures the care needs of each patient. Data analysis was performed using descriptive statistics. The results showed that the unit occupancy rate during the study period was 88.8% and the average of patients stay was 8.3 days. The sample was formed mostly by men (63.45%), with age over 60 years (73.2%) and among these 39% (16) had 75 years or more. The causes of hospitalization in the ICU were due clinical complications. The APACHE II score average was 17.8 points and the overall average of the NAS was 87.7 points (± 10.3). The average of daily headcount was 23.6 nursing professionals in the 24 hours or 7.9 per shift between nurses and nursing assistants/technicians. However, the need identified by the application of the instrument for the 24 hours was 14 professionals per shift or 42 professionals in the 24 hours. Converting this amount in hours of care we can affirm that the patients received 57.2% of nursing care they would need. The results made possible to affirm that the patients have generated a high workload of nursing while they were in the unit and the professionals amount adjustment is an essential requirement to secure assistance in this studied unit.