Interações entre angiotensina II, atividade do nervo depressor aórtico e atividade simpática esplâncnina durante o desenvolvimento da hipertensão por coarctação.

Demonstramos na fase crônica da hipertensão por coarctação, depressão acentuada do controle reflexo da freqüência cardíaca (Michelini et al, Hypertension, 1992; 19:II159-II163) e que o tratamento crônico com losartan, embora não reverta os elevados níveis de pressão, normaliza o controle reflexo da...

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Bibliographic Details
Main Author: Santos, Claudia Moreira dos
Other Authors: Michelini, Lisete Compagno
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 1999
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-07112008-175120/
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language pt
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sources NDLTD
topic Angiotensin II
Angiotensina II
Aortic depressor nerve
Atividade simpática esplâncnica
Hipertensão
Hypertension
Nervo depressor aórtico
Pressorreceptores
Pressorreceptors
Receivers AT1
Receptores AT1
Splanchnic sympathetic activity
spellingShingle Angiotensin II
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Atividade simpática esplâncnica
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Receptores AT1
Splanchnic sympathetic activity
Santos, Claudia Moreira dos
Interações entre angiotensina II, atividade do nervo depressor aórtico e atividade simpática esplâncnina durante o desenvolvimento da hipertensão por coarctação.
description Demonstramos na fase crônica da hipertensão por coarctação, depressão acentuada do controle reflexo da freqüência cardíaca (Michelini et al, Hypertension, 1992; 19:II159-II163) e que o tratamento crônico com losartan, embora não reverta os elevados níveis de pressão, normaliza o controle reflexo da freqüência cardíaca (Santos et al, Am. J. Physiol, 1995; 269:H812-H818). No presente estudo investigamos em ratos hipertensos e seus controles normotensos os efeitos do bloqueio crônico dos receptores AT1 sobre a atividade aferente do nervo depressor aórtico (NDA, protocolo I) e sobre a atividade simpática esplâncnica (ASE, protocolo II) na situação basal e após estimulação por hipotensões e hipertensões transitórias. Ratos Wistar adultos machos (180-300g) foram tratados cronicamente com veículo (VEH=água destilada, 0,1ml/100g/dia, po.) ou losartan (LOS= 10mg/kg/dia, po.) por 8 dias. No 4º dia após a determinação da pressão de cauda, foram submetidos à coarctação subdiafragmática da aorta (CH) ou à cirurgia fictícia (SHAM) e ao final do 7º dia, instrumentados com cânula arterial para registro direto da pressão arterial, realizada no 8º dia, com os animais acordados. Foram a seguir anestesiados para isolamento do nervo depressor aórtico ou do simpático esplâncnico, que foram registrados simultaneamente à pressão arterial em duas situações distintas: a) durante a situação basal (registro da atividade espontânea por 10-15 minutos), b) durante estimulação dos pressorreceptores por variações transitórias da pressão arterial (infusões/retiradas de sangue e injeções/infusões de fenilefrina e nitroprussiato de sódio iv.). Os registros da atividade neural foram retificados, integrados e aquisitados simultaneamente aos registros de pressão arterial em computador (programa de aquisição de dados Codas - Windaq DI-200, Ohio, USA). Tratamento com LOS determinou queda significante da pressão de cauda (104+-3 vs. 117+-3 mmHg nos grupos VEH). Em ambos os grupos VEH e LOS, CH determinou aumento significativo e similar da pressão arterial (em média 29%) que foi acompanhada, nos grupos tratados com VEH, por significativo aumento da variabilidade associada à depressão no ganho da correlação da atividade do NDA com a pressão arterial (CHVEH=1,04+-0,11 vs. SHAMVEH=1,63+-0,14 %/ciclo/mmHg, p<0,05, protocolo I) e por facilitação da resposta da ASE (CHVEH=-10,36+-1,05 vs. SHAMVEH=-5,81+-0,60 %/ciclo/mmHg, p<0,05, protocolo II). Nos grupos tratados com LOS, o estabelecimento da hipertensão foi acompanhado por redução da variabilidade e significativa melhora no ganho do NDA, uma vez que na faixa fisiológica de variações da pressão a depressão da atividade do NDA foi significativamente menor (CHLOS=3,30+-0,33 vs. CHVEH=2,18+-0,37 %/ciclo/mmHg, p<0,05, uma recuperação de 40% quando comparado aos respectivos controles ~5,01+-0,33 %/ciclo/mmHg). Houve ainda nos CHLOS normalização do ganho de resposta de ASE (CHLOS=-6,58+-0,62 %/ciclo/mmHg que não diferia dos SHAMLOS e SHAMVEH). O tratamento crônico com LOS determinou ainda correção parcial da atividade basal do NDA, mas não alterou a descarga espontânea da ASE. As alterações de atividade do NDA e ASE observadas nos CHLOS ocorreram simultaneamente, mas foram independentes da redução da pressão arterial pelo LOS. Nossos dados sugerem que a Ang II, ativada durante o desenvolvimento da CH, deprime a sinalização aferente pelo NDA, sendo responsável pela facilitação da resposta simpática durante alterações transitórias da pressão arterial. Nossos dados permitem ainda discriminar entre o efeito pressor e o efeito modulatório da Ang II, indicando restauração parcial do ganho da NDA e normalização da resposta simpática após o bloqueio crônico dos receptores AT1, mesmo na presença da hipertensão. === In the chronic phase of coarctation hypertension (CH) we have shown both marked depression of baroreceptor reflex control of heart rate (Michelini et al, Hypertension, 1992, 19: II159-II163) and normalization of the depressed reflex control even with the persistence of hypertension in losartan-treated animals (Santos et al, Am. J. Physiol, 1995, 269: H812-H818). In the present study we analyzed the effects of chronic AT1tors blockade on the both the afferent aortic nerve activity (AON, protocol I) and splanchnic sympathetic nerve activity (SSNA, protocol II) of CH and sham operated controls in two conditions: spontaneous activity (basal condition) and stimulated discharge during transient increases/decreases in arterial pressure. Male Wistar rats (180-300g aged 2-3 months) were chronically treated with vehicle (VEH=distilled water, 1ml/kg/day, po.) or losartan (LOS=10mg/kg/day, po.) during 8 days. Tail pressure was measured at the beginning and on the 4th day, before subdiaphragmatic aortic coarctation (CH) or sham surgery (SHAM). On day 7 the rats were instrumented with a catheter to record arterial pressure in conscious freely moving rats on day 8. Rats were then anesthetized to record AON or SSNA simultaneously with pressure during 10-15 min (basal or spontaneous activity) and during baroreceptor loading/unloading (infusion/withdrawal of blood or injections/infusions of phenylephrine and sodium nitroprusside iv.). Nerve activity was rectified and integrated and acquired simultaneously with pressure in a computer (Windaq DI-200, Ohio, USA). Losartan-treatment caused a significant decrease in tail pressure (104+-3 vs. 117+-3 mmHg in VEH groups). In both LOS- and VEH-treated groups, CH caused significant and similar increases in arterial pressure (mean of 29%) that was accompanied in the VEH groups by both significant increase in variability and depression of the AON/activity/pressure relationship (CHVEH=1,04+-0,11 vs. SHAMVEH=1,63+-0,14 %/cycle/mmHg, p<0,05, protocol I) and by potentiation of SSNA responses (CHVEH=-10,36+-1,05 vs. SHAMVEH=-5,81+-0,60 %/cycle/mmHg, p<0,05, protocol II). In the LOS-treated groups, establishment of CH was accompanied by smaller variability and marked improvement in AON gain: in the physiological range of pressure changes, depression of AON activity was significantly smaller (CHLOS=3,30+-0,33 vs. CHVEH=2,18+-0,37 %/cycle/mmHg, p<0,05, a recovery of 40% when compared to respective controls of ~5,01+-0,33 %/cycle/mmHg). CHLOS showed also normalization of SSNA responses: gain in the CHLOS=-6,58+-0,62 %/cycle/mmHg, that was not different from SHAMLOS and SHAMVEH groups. In addition chronic treatment with LOS caused partial correction of spontaneous AON activity but did not change spontaneous SSNA discharge. Both AON and SSNA responses observed in CHLOS occurred simultaneously but were independent from pressure reductions observed in these groups. The date suggested that Ang II, activated during development of hypertension, depresses the afferent signaling by aortic receptors and is factor responsible for the facilitation of SSNA during pressure changes. The date permits to discriminate between pressor and a modulatory effects of Ang II and indicates that after chronic AT1 receptors blockade hypertension persists, but there is a partial restoration of AON gain accompanied by normalization of the sympathetic response.
author2 Michelini, Lisete Compagno
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Santos, Claudia Moreira dos
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spelling ndltd-usp.br-oai-teses.usp.br-tde-07112008-1751202019-05-09T18:28:37Z Interações entre angiotensina II, atividade do nervo depressor aórtico e atividade simpática esplâncnina durante o desenvolvimento da hipertensão por coarctação. Interactions between angiotensin II, aortic and sympathetic nerve during development of coarctation hypertension. Santos, Claudia Moreira dos Angiotensin II Angiotensina II Aortic depressor nerve Atividade simpática esplâncnica Hipertensão Hypertension Nervo depressor aórtico Pressorreceptores Pressorreceptors Receivers AT1 Receptores AT1 Splanchnic sympathetic activity Demonstramos na fase crônica da hipertensão por coarctação, depressão acentuada do controle reflexo da freqüência cardíaca (Michelini et al, Hypertension, 1992; 19:II159-II163) e que o tratamento crônico com losartan, embora não reverta os elevados níveis de pressão, normaliza o controle reflexo da freqüência cardíaca (Santos et al, Am. J. Physiol, 1995; 269:H812-H818). No presente estudo investigamos em ratos hipertensos e seus controles normotensos os efeitos do bloqueio crônico dos receptores AT1 sobre a atividade aferente do nervo depressor aórtico (NDA, protocolo I) e sobre a atividade simpática esplâncnica (ASE, protocolo II) na situação basal e após estimulação por hipotensões e hipertensões transitórias. Ratos Wistar adultos machos (180-300g) foram tratados cronicamente com veículo (VEH=água destilada, 0,1ml/100g/dia, po.) ou losartan (LOS= 10mg/kg/dia, po.) por 8 dias. No 4º dia após a determinação da pressão de cauda, foram submetidos à coarctação subdiafragmática da aorta (CH) ou à cirurgia fictícia (SHAM) e ao final do 7º dia, instrumentados com cânula arterial para registro direto da pressão arterial, realizada no 8º dia, com os animais acordados. Foram a seguir anestesiados para isolamento do nervo depressor aórtico ou do simpático esplâncnico, que foram registrados simultaneamente à pressão arterial em duas situações distintas: a) durante a situação basal (registro da atividade espontânea por 10-15 minutos), b) durante estimulação dos pressorreceptores por variações transitórias da pressão arterial (infusões/retiradas de sangue e injeções/infusões de fenilefrina e nitroprussiato de sódio iv.). Os registros da atividade neural foram retificados, integrados e aquisitados simultaneamente aos registros de pressão arterial em computador (programa de aquisição de dados Codas - Windaq DI-200, Ohio, USA). Tratamento com LOS determinou queda significante da pressão de cauda (104+-3 vs. 117+-3 mmHg nos grupos VEH). Em ambos os grupos VEH e LOS, CH determinou aumento significativo e similar da pressão arterial (em média 29%) que foi acompanhada, nos grupos tratados com VEH, por significativo aumento da variabilidade associada à depressão no ganho da correlação da atividade do NDA com a pressão arterial (CHVEH=1,04+-0,11 vs. SHAMVEH=1,63+-0,14 %/ciclo/mmHg, p<0,05, protocolo I) e por facilitação da resposta da ASE (CHVEH=-10,36+-1,05 vs. SHAMVEH=-5,81+-0,60 %/ciclo/mmHg, p<0,05, protocolo II). Nos grupos tratados com LOS, o estabelecimento da hipertensão foi acompanhado por redução da variabilidade e significativa melhora no ganho do NDA, uma vez que na faixa fisiológica de variações da pressão a depressão da atividade do NDA foi significativamente menor (CHLOS=3,30+-0,33 vs. CHVEH=2,18+-0,37 %/ciclo/mmHg, p<0,05, uma recuperação de 40% quando comparado aos respectivos controles ~5,01+-0,33 %/ciclo/mmHg). Houve ainda nos CHLOS normalização do ganho de resposta de ASE (CHLOS=-6,58+-0,62 %/ciclo/mmHg que não diferia dos SHAMLOS e SHAMVEH). O tratamento crônico com LOS determinou ainda correção parcial da atividade basal do NDA, mas não alterou a descarga espontânea da ASE. As alterações de atividade do NDA e ASE observadas nos CHLOS ocorreram simultaneamente, mas foram independentes da redução da pressão arterial pelo LOS. Nossos dados sugerem que a Ang II, ativada durante o desenvolvimento da CH, deprime a sinalização aferente pelo NDA, sendo responsável pela facilitação da resposta simpática durante alterações transitórias da pressão arterial. Nossos dados permitem ainda discriminar entre o efeito pressor e o efeito modulatório da Ang II, indicando restauração parcial do ganho da NDA e normalização da resposta simpática após o bloqueio crônico dos receptores AT1, mesmo na presença da hipertensão. In the chronic phase of coarctation hypertension (CH) we have shown both marked depression of baroreceptor reflex control of heart rate (Michelini et al, Hypertension, 1992, 19: II159-II163) and normalization of the depressed reflex control even with the persistence of hypertension in losartan-treated animals (Santos et al, Am. J. Physiol, 1995, 269: H812-H818). In the present study we analyzed the effects of chronic AT1tors blockade on the both the afferent aortic nerve activity (AON, protocol I) and splanchnic sympathetic nerve activity (SSNA, protocol II) of CH and sham operated controls in two conditions: spontaneous activity (basal condition) and stimulated discharge during transient increases/decreases in arterial pressure. Male Wistar rats (180-300g aged 2-3 months) were chronically treated with vehicle (VEH=distilled water, 1ml/kg/day, po.) or losartan (LOS=10mg/kg/day, po.) during 8 days. Tail pressure was measured at the beginning and on the 4th day, before subdiaphragmatic aortic coarctation (CH) or sham surgery (SHAM). On day 7 the rats were instrumented with a catheter to record arterial pressure in conscious freely moving rats on day 8. Rats were then anesthetized to record AON or SSNA simultaneously with pressure during 10-15 min (basal or spontaneous activity) and during baroreceptor loading/unloading (infusion/withdrawal of blood or injections/infusions of phenylephrine and sodium nitroprusside iv.). Nerve activity was rectified and integrated and acquired simultaneously with pressure in a computer (Windaq DI-200, Ohio, USA). Losartan-treatment caused a significant decrease in tail pressure (104+-3 vs. 117+-3 mmHg in VEH groups). In both LOS- and VEH-treated groups, CH caused significant and similar increases in arterial pressure (mean of 29%) that was accompanied in the VEH groups by both significant increase in variability and depression of the AON/activity/pressure relationship (CHVEH=1,04+-0,11 vs. SHAMVEH=1,63+-0,14 %/cycle/mmHg, p<0,05, protocol I) and by potentiation of SSNA responses (CHVEH=-10,36+-1,05 vs. SHAMVEH=-5,81+-0,60 %/cycle/mmHg, p<0,05, protocol II). In the LOS-treated groups, establishment of CH was accompanied by smaller variability and marked improvement in AON gain: in the physiological range of pressure changes, depression of AON activity was significantly smaller (CHLOS=3,30+-0,33 vs. CHVEH=2,18+-0,37 %/cycle/mmHg, p<0,05, a recovery of 40% when compared to respective controls of ~5,01+-0,33 %/cycle/mmHg). CHLOS showed also normalization of SSNA responses: gain in the CHLOS=-6,58+-0,62 %/cycle/mmHg, that was not different from SHAMLOS and SHAMVEH groups. 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