Análise de células bipolares PKCa-IR e células ganglionares da retina do peixe tropical Hoplias malabaricus intoxicado com baixas doses agudas de metilmercúrio

O presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito do metilmercúrio na retina de peixe tropical Hoplias malabaricus (Traíra) através de baixas doses agudas. As intoxicações foram realizadas, por meio de injeção intraperitoneal, nas doses de 0,01, 0,05, 0,1 e 1,0 g/g, com um período de quinze dia...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Liber, André Maurício Passos
Other Authors: Ventura, Dora Selma Fix
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2011
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-04112011-120653/
Description
Summary:O presente trabalho tem por objetivo analisar o efeito do metilmercúrio na retina de peixe tropical Hoplias malabaricus (Traíra) através de baixas doses agudas. As intoxicações foram realizadas, por meio de injeção intraperitoneal, nas doses de 0,01, 0,05, 0,1 e 1,0 g/g, com um período de quinze dias de depuração do MeHg. Após o término do período de depuração, os olhos foram enucleados e as retinas isoladas foram fixadas em PFA 4% por 3 horas. As retinas foram conservadas, até o momento do uso (ou por no mínimo 9 horas), em tampão PB 0,1M a 4ºC. Após os procedimentos imunohistoquímicos para marcação de células bipolares do tipo ON com estratificação na sublâmina b da CPI, as retinas foram aplanadas para confecção de montagens planas para a análise quantitativa de células bipolares ON imunorreativas a proteína cinase C _. A análise quantitativa das células da camada de células ganglionares (CCG) também foi realizada. Células da CCG foram coradas pela técnica de Nissl, as retinas foram aplanadas em lâminas gelatinizadas e submetidas a uma bateria de desidratação (com diferentes concentrações alcoólicas) e coloração, utilizando cresil violeta como corante. Estas análises foram realizadas em 3 ou 4 retinas para cada dose testada. Análises idênticas foram realizadas nas retinas controle. Todas as retinas foram dividas nos quadrantes dorsal, ventral, nasal, temporal e em centro e periferia. Campos foram fotografados por toda a retina com intervalos de 1 mm, com auxilio do programa Axio Vision por meio de uma câmera digital e um microscópio acoplados a um computador. Os campos amostrados foram contados com o auxilio do programa NIH Scion Imagem 2.0. A densidade média de células foi estimada para cada retina e os grupos intoxicados foram comparados com o grupo controle (Teste T-student). A partir dos dados de densidade celular, mapas de isodensidade foram confeccionados, além de permitir estimar o poder de resolução teórico da acuidade visual de cada um dos animais experimentais utilizados para análise de células da CCG a partir da densidade máxima de células. Evidenciamos que as baixas doses agudas testadas não causam diminuição na densidade célular de células bipolares ON e células da CCG, comparado ao grupo controle. Não houve reduções significativas na densidade de células para ambos os tipos celulares analizados em nenhuma das regiões retinianas nas doses de MeHg testadas. Assim, a intoxicação de MeHg por baixas doses agudas não alterou o poder de resolução teorio da acuiade visual dos animais testados === This study aims to examine the effects of low acute doses of methylmercury (MeHg) on the retina of the tropical fish Hoplias malabaricus (Thraira). Four levels of MeHg intoxication were induced by intraperitoneal injection of doses of either 0.01, 0.05, 0.1 or 1.0 g MeHg/g of body weight, followed by a fifteen day period of depuration of MeHg. After the depuration period, the eyes were harvested, and the retinas were isolated and fixed in 4% paraformaldehyde for 3 hours. The retinas were then stored (for at least for 9 hours) in 0.1 M sodium phosphate PB buffer at 4°C until the time of analysis. ON bipolar cells in sublamina b of the inner plexiform layer immunoreactive to protein Kinase C_ were immunohistochemically labeled, and the retinas were flattened to make whole mounts for quantitative analysis of ON bipolar cell densities. Quantitative analysis of cells in the retinal ganglion cell layer (GCL) was also performed. GCL cells were Nissl stained, and the retinas were flattened on gelatinized slides and subjected to another battery of dehydration (with different alcohol concentrations) and staining using cresyl violet. These analyses were carried out in 3 or 4 retinas for each dose tested. Identical analyses were performed on the control retinas. All retinas were divided into regions: dorsal, ventral, nasal, temporal, center and periphery. Sample retinal fields were photographed throughout the retina at intervals of 1 mm, with a digital camera attached to a microscope using Axio Vision software coupled to a computer. ON bipolar and GCL cells within the fields were counted with the help of the NIH Scion Image 2.0 software. The average density (mm2) of both types of cells was estimated for each retina and the data from each of the four MeHgintoxicated groups were compared with the control group values (Student t-test). From the density data we derived isodensity maps, permitting us to estimate the theoretical resolving power (maximum visual acuity) of each of the experimental animals used from the maximum density of cells in the ganglion cell layer. We showed that low acute doses of MeHg/g do not decrease cell densities of either ON bipolar cells or cells in the GCL, compared to controls. There were no significant decreases in cell density (counts) for either cell type in any of the retinal regions, for any of the MeHg doses tested. Thus, acute low-dose MeHg intoxication did not degrade the estimates of the animals theoretical resolving power