Summary: | As discussões e pesquisas envolvendo a formação inicial de professores têm ganhando espaço e destaque no âmbito acadêmico nas últimas décadas e resultado na construção de políticas públicas para área, como as resoluções 1 e 2 de 2002 do Conselho Nacional de Educação, que tratam das diretrizes para a formação docente no Brasil e o decreto 7219/10 que dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsas a Iniciação a Docência (PIBID). Portanto, é possível perceber que existe um importante movimento entre os pesquisadores e a sociedade civil no intuito de aprofundar as discussões sobre os desafios vinculados a formação docente. Tal movimento, no caso da geografia, não é diferente. Inúmeros pesquisadores (SANTOS, 2003; LOPES, 2010; SILVA, 2010; PIMENTEL 2010) têm se dedicado a discutir os problemas que envolvem os cursos de licenciatura nesta área, bem como o reflexo dos mesmos sobre a atuação dos futuros docentes. Inúmeros são os campos de investigação: a relação entre formação inicial e construção da profissionalidade docente; as práticas de estágio e a formação dos conhecimentos necessários ao futuro professor; a distância entre os saberes desenvolvidos na universidade e aqueles necessários à prática educativa cotidiana na Educação Básica. Em nosso caso, a investigação desenvolvida partiu do pressuposto, encontrado nas pesquisas realizadas por TARDIF (2010) de que, predomina, na formação docente, o modelo aplicacionista. Nas últimas décadas, este modelo vem sendo aprofundada a partir da lógica produtivista que tem alterado profundamente os sentidos e significados dos espaços-tempos escola e universidade, reproduzindo assim um formação docente distante da dimensão geográfica da prática educativa. Neste sentido, esta tese busca discutir os impactos do modelo aplicacionista-produtivista na formação docente em geografia em duas universidades públicas estaduais localizadas em São Paulo e no Paraná, bem como discutir outras formas de organização da formação docente para além deste modelo até aqui predominante. === Discussions and research involving teacher training have gained space and prominence in the academic area in the last decades. Such prominence has resulted in the construction of public policies for the area , as the resolutions 1 and 2 , 2002 from the National Council of Education , that talk about the guidelines for teacher training in Brazil and Decree 7219 of 2010 which provides for the Institutional Program Scholarship Initiation to Teaching ( PIBID ) . So It is able to realize a significant movement between researchers and civil society in order to deepen the discussions about the challenges linked to teacher training In Geography this is not different. Many researchers (SANTOS, 2003; LOPES, 2010; SILVA, 2010; PIMENTEL 2010) have been devoted to discuss the problems involving undergraduate courses in this area , as well as their reflex on the performance of the future teachers . Uncountable are the fields of research : the relationship between the initial formation and the construction of professional teacher ; the practice of training and the necessary knowledge to future teachers , the distance between the knowledge developed at the university and those required for everyday educational practice in Basic Education. In our case, the investigation developed started from the presupposed found in research conducted by TARDIF (2010). For the author, a model which calls applicationist predominates in teacher education. In the last decades, this concept has been deepened from the productivity logic that has profoundly changed the meanings of space-time school and university, thus reproducing one teacher training far from the geographical dimension of educational practice . In this sense, this thesis aims to discuss the impact of the model productivist-applicationist in teacher training in geography inside two state public universities located in São Paulo and Paraná, as well as discuss other ways of organizing teacher training beyond this model predominant until this moment.
|