Summary: | A concepção dos Museus enquanto meros locais de depósito e exibição de objectos constitui uma ideia do passado, que não corresponde de todos os desafios contemporâneos. Efectivamente, os Museus da actualidade constituem estruturas orgânicas complexas, onde as questões relacionadas com as colecções, nomeadamente a sua gestão, assumem primordial importância. Neste contexto, destacamos a problemática do inventário. A temática do inventário do Património Cultural, constitui, desde há alguns anos, uma preocupação efectiva dos muitos profissionais que, no exercício das suas actividades no domínio do Património Cultural, convivem com diversos vestígios, materiais e imateriais, do nosso Património. Efectivamente, uma análise atenta da legislação promulgada, ao longo das últimas décadas, no domínio do Património Cultural, não só em Portugal, como também no estrangeiro, permite-nos verificar uma tendência crescente no sentido de promover o inventário do Património Cultural, condição essencial ao seu conhecimento, estudo, protecção, valorização e divulgação. No entanto, o conceito de inventário, nomeadamente de "inventário museológico", tem evoluído ao longo do tempo,adquirindo um maior rigor e apresentando-se em diferentes formatos. No caso específico das instituições museológicas, cuja realidade é objecto de análise nesta dissertação, as questões relacionadas com o inventário assumem determinadas especificidades. Na década de 90, assistimos a alterações significativas no domínio do Património Cultural, nomeadamente no que concerne a aspectos de carácter técnico. Apesar de não constituírem um facto inédito, a banalização de métodos e ferramentas de trabalho, em estreita articulação com as tecnologias da informação e da comunicação, permitiram o desenvolvimento de novas potencialidades e a apresentação de novos desafios, certamente complexos(...)
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