Summary: | Mestrado em Arte Multimédia === A presente dissertação explora o desafio subversivo do pensamento cultural dominante através de
projectos artísticos maioritariamente colectivos.
Examinam-se as mais recentes ligações entre arte, activismo, política e resistência cultural a partir
das suas raízes nos tardios anos 60, nomeadamente desde as revoltas estudantis e a
interdisciplinaridade cultural que esta época artística fomentou ou as contestações às visões mais
conformistas da arte.
Será feito um enquadramento sócio-cultural repartido em décadas a partir das referências
incontornáveis da revolução estudantil de Maio de 1968 e da Internacional Situacionista, rumando
diacronicamente por alguns dos exemplos mais significativos até início do século XXI. Traçar-se-ão
os principais matizes e contornos das suas práticas, para posteriormente se desenvolver uma
análise mais criteriosa sobre as décadas de oitenta e noventa, maioritariamente em contexto
americano e europeu.
Por limitações de tempo e espaço não se poderão analisar todos os exemplos de mérito, serão
enunciados os mais conhecidos e desenvolvidos os de maior pertinência.
Abordar-se-ão exemplos de actuações artísticas que desafiam as normas sócio-culturais ou no
limiar da legalidade jurídica, como por exemplo: Culture Jamming, netactivismo, Hacktivism;
Subvertising1...etc.
Na dinâmica de forças dominador vs. dominado serão considerados os perigos da mútua vigilância,
repressão e co-optação, através do estudo de exemplos práticos.
Procurar-se-ão tentar esclarecer determinadas questões transversais aos projectos analisados,
nomeadamente:
Deve a arte envolver-se em questões que lhe são (supostamente) alheias?
Será desejável conciliar crítica subversiva e/ou comprometimento político com reconhecimento
artístico?
Será possível salvaguardar a autonomia do produtor cultural? === The present dissertation explores the subversive challenge of the dominant cultural thought through
mostly collective artistic projects.
The most recent linkings between art, activism, politics and cultural resistance from its roots in late
sixties are examined, namely the students struggles and the cultural interdisciplinarity that this
artistic context had fomented, or the questioning to the most conformistical visions of the art world.
A sociocultural framing distributed in decades from the undeniable references of the students
revolution of May of 1968 and of the International Situacionist will be made, travelling diachronically
for some of the most significant examples until beginning of XXI century. The main shades and
contours of its discourse will be traced, for later developing a detailed analysis on the decades of
eighty and ninety, mainly in American and European context.
For time and space limitations all the merit examples will not be able to be analysed, it will be
enunciated the most known and developed the ones of bigger relevancy.
Examples of artistical practices that defy the sociocultural norms or that remain in the threshold of
the legal legality will be approached, as for example: culture jamming, netactivism, hacktivism,
subvertising etc.
On the dynamic of forces dominator vs. dominated the dangers of mutual monitoring, repression and
co-option will be considered, through the study of practical examples.
It will be looked to clarify some given transversal questions to the analysed projects, namely:
Should art become involved in (supposedly) foreign questions?
It will be desirable to conciliate critical subversive thought and/or political engagement with artistic
recognition?
It will be possible to safeguard the cultural producer autonomy?
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