Biogénese da cardosina A: estudo da expressão e do trajecto biossintético.

Dissertação de Doutoramento em Biologia, área de especialização em Biologia, apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto === As proteinases aspárticas (PAs; EC3.4.23) são um grupo de enzimas bem definido e amplamente distribuído na natureza que tem sido objecto de intensa investigaç...

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Bibliographic Details
Main Author: Patrícia Carla de Jesus Duarte Macedo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Porto. Reitoria 2009
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10216/14338
Description
Summary:Dissertação de Doutoramento em Biologia, área de especialização em Biologia, apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto === As proteinases aspárticas (PAs; EC3.4.23) são um grupo de enzimas bem definido e amplamente distribuído na natureza que tem sido objecto de intensa investigação dado o seu envolvimento em diversas patologias humanas e a sua importância na indústria dos lacticínios.As cardosinas são PAs vegetais, originalmente isoladas de flores de Cynara cardunculus L. e responsáveis pela actividade coagulante exibida pelas últimas. Entre as PAs vegetais identificadas até à data, a cardosina A e a cardosina B são duas das que melhor se encontram caracterizadas, tanto do ponto de vista molecular como bioquímico. A acumulação de PAs nos órgãos florais de dicotiledóneas é um fenómeno raro, pelo que a presença das cardosinas no pistilo de C. cardunculus torna esta espécie um modelo interessante para o estudo das funções biológicas deste grupo de enzimas em plantas.Na primeira parte deste trabalho procedeu-se à descrição da anatomia e ultra-estrutura do pistilo de C. cardunculus durante a ontogénese floral, bem como ao estudo da expressão da cardosina A (proteína e mRNA) e caracterização da distribuição desta PA nos órgãos do pistilo de cardo ao longo do desenvolvimento da flor.Verificou-se que o mRNA da cardosina A está presente nos estados imaturos do desenvolvimento floral e que a sua presença está relacionada com o tipo específico de órgão sendo mais abundante no estigma do que no estilete ou ovário. Em estados mais avançados da ontogénese floral (inflorescência madura) o mRNA da cardosina A está ausente, indicando que a expressão da cardosina A é regulada durante o desenvolvimento. Os estudos de imunodetecção da cardosina A revelaram a sua presença principalmente em flores diferenciadas provenientes de inflorescências maduras. Finalmente, a imunolocalização das cardosinas A e B em pistilos de cardo em distintas fases de desenvolvimento revelaram que a cardosina A se acumula principalmente nas papilas epidérmicas e parênquima sub-epidérmico do estigma, estando também presente, em ...