An evaluation of the quality of parent-child interactions in vulnerable families that are followed by child protective services

• Main Author: Ananda Stuart Rodrigues Rocha Mendonça
• Other Authors: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
• Format: Others
• Language: English
• Published: 2021
• Subjects: Psicologia; Psychology; Ciências sociais::Psicologia; Social sciences::Psychology
• Online Access: https://hdl.handle.net/10216/137572

O presente estudo avaliou a qualidade das interações pais-filhos, através de um procedimento de observação gravado em vídeo, numa amostra de famílias Portuguesas em situação de vulnerabilidade (N = 47) com crianças em idade escolar seguidas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). O estudo procurou explorar se as famílias apresentavam perfis diferentes de qualidade da interação pai-filho e caracterizar esses perfis em termos dos comportamentos discretos identificados na interação, das variáveis de parentalidade (afeto, comportamentos parentais, e stress parental), e das características sociodemográficas e de referenciação à CPCJ das famílias. As díades pais- filhos realizaram uma tarefa estruturada, com a duração de 15 minutos, e os pais completaram as medidas de autorrelato (afeto, comportamentos parentais, e stress parental). A codificação das interações foi realizada de acordo com dois procedimentos distintos. Os comportamentos discretos de pais e filhos identificados durante a interação foram codificados com um procedimento de codificação microanalítico, enquanto as dimensões globais da interação dos pais foram codificadas com um sistema de classificação global. A análise dos perfis latentes, estimada com as dimensões globais, identificou dois subgrupos, um subgrupo onde os pais apresentaram interações de maior qualidade (n = 12) e outro subgrupo onde os pais apresentaram interações de menor qualidade (n = 35). Análises posteriores de comparação dos subgrupos determinaram que o subgrupo que evidenciou interações de maior qualidade apresentou mais comportamentos positivos durante a interação, enquanto o subgrupo que evidenciou interações de menor qualidade, apresentou mais comportamentos negativos durante a interação. Nenhuma outra diferença ou associação foi encontrada a respeito das variáveis de parentalidade, ou das características sociodemográficas e de referenciação à CPCJ das famílias. Os resultados vão ao encontro de estudos anteriores, e sugerem que as famílias mais vulneráveis podem apresentar interações de menor qualidade entre pais e filhos. No entanto, dado o pequeno tamanho da amostra, estudos futuros devem replicar os procedimentos descritos e análises em tamanhos de amostra maiores. === In the current study, an observational procedure, recorded in video, was used to evaluate the quality of parent-child interactions in a sample of vulnerable Portuguese families (n = 47) with school-aged children followed by Child Protective Services (CPS). The study sought to explore if the families presented different profiles of parent-child interaction quality, and to characterize such profiles in terms of discrete behaviors observed, parenting outcome variables, and families' sociodemographic and CPS referral characteristics. The parent-child dyads took part in a 15-minute structured task and parents completed self- report measures (affection, parenting behaviors, and stress). Discrete behaviors of parents and children during interactions were coded with a micro-analytic coding procedure. The global dimensions of the parents' interactions were coded with a global rating system. A latent profile analysis, estimated with global dimensions, identified two subgroups, one subgroup in which parents displayed higher quality interactions (n = 12), and another subgroup in which parents displayed lower quality interactions (n = 35). Further analyses comparing the subgroups determined that the higher quality subgroup presented more positive behaviors, and the lower quality subgroup presented more negative behaviors during the interactions. No further differences or associations were found regarding the parenting outcome variables, and the families' sociodemographic and CPS referral characteristics. The findings are in line with prior studies, suggesting that vulnerable families may frequently present depleted parent-child interactions. However, given the small sample size, future studies should replicate the described procedures and analyses in larger sample sizes.