Influência do treino físico, de predomínio excêntrico, na tolerância ao dano induzido por cardiotoxina e nos subsequentes mecanismos de reparação muscular. Estudo em modelo animal.
O exercício físico regular de predomínio excêntrico induz adaptações crónicas passíveis de promover tolerância ao mesmo tipo de exercício efetuado posteriormente, fenómeno conhecido por pré-condicionamento físico. Contudo, apesar de estes efeitos estarem bem documentados, existe pouca evidência rela...
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2021
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Ciências da saúde Health sciences Ciências médicas e da saúde::Ciências da saúde Medical and Health sciences::Health sciences Paula Maria Nogueira Gonçalves da Rocha Influência do treino físico, de predomínio excêntrico, na tolerância ao dano induzido por cardiotoxina e nos subsequentes mecanismos de reparação muscular. Estudo em modelo animal. |
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O exercício físico regular de predomínio excêntrico induz adaptações crónicas passíveis de promover tolerância ao mesmo tipo de exercício efetuado posteriormente, fenómeno conhecido por pré-condicionamento físico. Contudo, apesar de estes efeitos estarem bem documentados, existe pouca evidência relativamente a uma hipotética tolerância cruzada a estímulos de outra natureza e à sua influência no processo de reparação, quando o músculo esquelético é sujeito a dano. Objetivo: avaliar os efeitos do exercício físico de predomínio excêntrico na tolerância a dano futuro induzido por cardiotoxina e no processo de reparação muscular do músculo tibial anterior, nomeadamente: i) na magnitude da resposta inflamatória, ii) na qualidade da resposta regenerativa, iii) na intensidade da resposta cicatricial. Material e Métodos: Foram usados 50 ratos Wistar, machos, com 4,5 meses de idade distribuídos aleatoriamente por um grupo sedentário (n=25) e um grupo treinado (n=25). Os animais do grupo treinado efetuaram um protocolo de treino de corrida em tapete rolante (-25º; 30m/minuto; 60 minutos) uma vez por semana, durante 9 semanas. Uma semana após o protocolo de treino, todos os animais foram injetados com cardiotoxina no músculo tibial anterior direito e com soro fisiológico no músculo tibial anterior esquerdo, sendo posteriormente sacrificados cinco animais de cada grupo após 1, 3, 7, 14 e 21 dias. Os músculos foram processados para posterior análise morfológica e imunohistoquímica através de microscopia ótica. Resultados: O protocolo de treino não induziu tolerância cruzada ao dano induzido pela cardiotoxina, visto que o dano total foi igualmente intenso em ambos os grupos, embora mais rapidamente resolvido no grupo treinado. A resposta inflamatória ao dano, embora intensa nos primeiros momentos retomou rapidamente aos valores de normalidade no grupo de animais treinados. A reparação muscular no grupo treinado foi essencialmente promovida pelo processo de regeneração. Conclusão: apesar de o treino físico prévio não ter promovido tolerância ao dano agudo induzido pela cardiotoxina, beneficiou o processo de reparação muscular, sendo a resposta inflamatória mais rapidamente atenuada e a resposta regenerativa prevalente à cicatricial, com reparação muscular mais rápida quando comparada com o grupo de animais que não efetuou o protocolo de treino. === Regular physical exercise of eccentric predominance induces muscular adaptations capable of promoting tolerance to the same type of exercise performed later, a phenomenon known as physical preconditioning. However, although these effects are well documented, there is little evidence regarding a hypothetical cross-tolerance to stimuli of another nature and its influence on the repair process when skeletal muscle is subjected to damage other than exercise. Objective: to evaluate the effects of eccentric predominance physical exercise on tolerance to future cardiotoxin-induced damage and on the tibialis anterior muscle repair process, namely: i) the magnitude of the inflammatory response, ii) the quality of the regenerative response iii) the intensity of the healing response. Material and Methods: 50 male Wistar rats, 4.5 months old, randomly distributed into a sedentary group (n = 25) and a trained group (n = 25) were used. The animals of the trained group performed a running training protocol on a treadmill (-25º; 30m / minute; 60 minutes) once a week, for 9 weeks. One week after the training protocol, all the animals were injected with cardiotoxin in the right tibialis anterior muscle and with saline solution in the left tibialis anterior muscle, and five animals from each group were subsequently euthanized after 1, 3, 7, 14 and 21 days. The muscles were processed for further morphological and immunohistochemical analysis using optical microscopy. Results: the training protocol did not induce cross-tolerance to the damage induced by cardiotoxin, since the total damage was equally intense in both groups, although more quickly resolved in the trained group. The inflammatory response to the damage, although intense in the first moments, quickly returned to normal values in the trained group. Muscle repair in the trained group was essentially promoted by the regeneration process and not by the healing process. Conclusion: although exhaustive exercise did not promote tolerance to the acute damage induced by cardiotoxin, it benefited the muscle repair process, with the inflammatory response being more quickly attenuated and the regenerative response being prevalent than the cicatricial one, with faster muscle repair when compared to the group of animals that did not undergo the training protocol.
KEY-WORDS: PHYSICAL EXERCISE, PRECONDITIONING, PROTECTION, REGENERATION, HEALING PROCESS, TIBIALIS ANTERIOR MUSCLE, HISTOLOGY. |
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Objetivo: avaliar os efeitos do exercício físico de predomínio excêntrico na tolerância a dano futuro induzido por cardiotoxina e no processo de reparação muscular do músculo tibial anterior, nomeadamente: i) na magnitude da resposta inflamatória, ii) na qualidade da resposta regenerativa, iii) na intensidade da resposta cicatricial. Material e Métodos: Foram usados 50 ratos Wistar, machos, com 4,5 meses de idade distribuídos aleatoriamente por um grupo sedentário (n=25) e um grupo treinado (n=25). Os animais do grupo treinado efetuaram um protocolo de treino de corrida em tapete rolante (-25º; 30m/minuto; 60 minutos) uma vez por semana, durante 9 semanas. Uma semana após o protocolo de treino, todos os animais foram injetados com cardiotoxina no músculo tibial anterior direito e com soro fisiológico no músculo tibial anterior esquerdo, sendo posteriormente sacrificados cinco animais de cada grupo após 1, 3, 7, 14 e 21 dias. Os músculos foram processados para posterior análise morfológica e imunohistoquímica através de microscopia ótica. Resultados: O protocolo de treino não induziu tolerância cruzada ao dano induzido pela cardiotoxina, visto que o dano total foi igualmente intenso em ambos os grupos, embora mais rapidamente resolvido no grupo treinado. A resposta inflamatória ao dano, embora intensa nos primeiros momentos retomou rapidamente aos valores de normalidade no grupo de animais treinados. A reparação muscular no grupo treinado foi essencialmente promovida pelo processo de regeneração. Conclusão: apesar de o treino físico prévio não ter promovido tolerância ao dano agudo induzido pela cardiotoxina, beneficiou o processo de reparação muscular, sendo a resposta inflamatória mais rapidamente atenuada e a resposta regenerativa prevalente à cicatricial, com reparação muscular mais rápida quando comparada com o grupo de animais que não efetuou o protocolo de treino. Regular physical exercise of eccentric predominance induces muscular adaptations capable of promoting tolerance to the same type of exercise performed later, a phenomenon known as physical preconditioning. However, although these effects are well documented, there is little evidence regarding a hypothetical cross-tolerance to stimuli of another nature and its influence on the repair process when skeletal muscle is subjected to damage other than exercise. Objective: to evaluate the effects of eccentric predominance physical exercise on tolerance to future cardiotoxin-induced damage and on the tibialis anterior muscle repair process, namely: i) the magnitude of the inflammatory response, ii) the quality of the regenerative response iii) the intensity of the healing response. Material and Methods: 50 male Wistar rats, 4.5 months old, randomly distributed into a sedentary group (n = 25) and a trained group (n = 25) were used. The animals of the trained group performed a running training protocol on a treadmill (-25º; 30m / minute; 60 minutes) once a week, for 9 weeks. One week after the training protocol, all the animals were injected with cardiotoxin in the right tibialis anterior muscle and with saline solution in the left tibialis anterior muscle, and five animals from each group were subsequently euthanized after 1, 3, 7, 14 and 21 days. The muscles were processed for further morphological and immunohistochemical analysis using optical microscopy. Results: the training protocol did not induce cross-tolerance to the damage induced by cardiotoxin, since the total damage was equally intense in both groups, although more quickly resolved in the trained group. The inflammatory response to the damage, although intense in the first moments, quickly returned to normal values in the trained group. Muscle repair in the trained group was essentially promoted by the regeneration process and not by the healing process. Conclusion: although exhaustive exercise did not promote tolerance to the acute damage induced by cardiotoxin, it benefited the muscle repair process, with the inflammatory response being more quickly attenuated and the regenerative response being prevalent than the cicatricial one, with faster muscle repair when compared to the group of animals that did not undergo the training protocol. KEY-WORDS: PHYSICAL EXERCISE, PRECONDITIONING, PROTECTION, REGENERATION, HEALING PROCESS, TIBIALIS ANTERIOR MUSCLE, HISTOLOGY. 2021-09-08T23:09:52Z 2021-09-08T23:09:52Z 2021-07-19 2021-09-08 Tese sigarra:494660 https://hdl.handle.net/10216/136075 por openAccess application/pdf |