A qualidade de vida e o estresse percebido em crianças de risco ou vulnerabilidade durante a pandemia: o papel protetor de uma intervenção de parentalidade positiva
O presente estudo procurou investigar, dentro de um design quantitativo, sobre a qualidade de vida e o estresse percebido por famílias em risco e vulnerabilidade, durante o período da pandemia de COVID-19. E verificar se uma intervenção de parentalidade positiva poderá ter um papel protetor relativa...
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2021
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1350812021-11-28T05:39:27Z A qualidade de vida e o estresse percebido em crianças de risco ou vulnerabilidade durante a pandemia: o papel protetor de uma intervenção de parentalidade positiva Emanuella Barbosa Araujo Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Ciências sociais Social sciences Ciências sociais Social sciences O presente estudo procurou investigar, dentro de um design quantitativo, sobre a qualidade de vida e o estresse percebido por famílias em risco e vulnerabilidade, durante o período da pandemia de COVID-19. E verificar se uma intervenção de parentalidade positiva poderá ter um papel protetor relativamente ao estresse, e estar associada a uma melhoria na perceção de qualidade de vida das crianças, dentro da perspectiva dos pais e das crianças. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto REUNIRmais, com famílias acompanhadas pelas CPCJ, em que algumas receberam a intervenção Standard Triplo P e outras a intervenção parental habitual. Foram divididos dois momentos de avaliação o pré-teste e o pós-teste, e para isso, os pais preencheram uma medida de autorrelato de estresse e uma medida de heterorrelato sobre a qualidade de vida das crianças. E as crianças preencheram duas medidas de autorrelato, correspondente ao estresse e a outra a qualidade de vida. Participaram do estudo 107 famílias. Crianças com idades entre 6 e 11 anos e 55.7% destas, foram identificadas pelos pais, como apresentando problemas no comportamento. Os responsáveis, 90.7% eram as mães biológicas, com idades entre 22 e 59 anos e 51.9% estavam desempregadas. Foi identificado que em 40.2% das famílias, havia registro de reincidência na sinalização da CPCJ. Os resultados mostram que os participantes avaliados pela primeira vez antes ou depois da pandemia não diferem ao nível das variáveis dependentes. Ao longo do tempo, entre M1 e M2 (tempo médio de 7.69 meses) verificou-se a diminuição significativa do stress percebido pelos pais e marginalmente significativa do stress psicológico percebido pelas crianças. O efeito da intervenção STP foi verificado na percepção de qualidade de vida das crianças, demonstrando um aumento de M1 para M2 nos níveis de qualidade de vida percebidos pelas crianças cujos pais receberam a intervenção. No entanto a conclusão da investigação evidencia a necessidade de maiores pesquisas sobre o assunto, principalmente sobre o ponto de vista das crianças. 2021-11-27T00:13:35Z 2021-11-27T00:13:35Z 2021-07-27 2021-11-26 Dissertação sigarra:484801 https://hdl.handle.net/10216/135081 202765407 por restrictedAccess application/pdf application/pdf |
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O presente estudo procurou investigar, dentro de um design quantitativo, sobre a
qualidade de vida e o estresse percebido por famílias em risco e vulnerabilidade, durante o
período da pandemia de COVID-19. E verificar se uma intervenção de parentalidade positiva
poderá ter um papel protetor relativamente ao estresse, e estar associada a uma melhoria na
perceção de qualidade de vida das crianças, dentro da perspectiva dos pais e das crianças.
A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do projeto REUNIRmais, com famílias
acompanhadas pelas CPCJ, em que algumas receberam a intervenção Standard Triplo P e outras
a intervenção parental habitual. Foram divididos dois momentos de avaliação o pré-teste e o
pós-teste, e para isso, os pais preencheram uma medida de autorrelato de estresse e uma medida
de heterorrelato sobre a qualidade de vida das crianças. E as crianças preencheram duas medidas
de autorrelato, correspondente ao estresse e a outra a qualidade de vida.
Participaram do estudo 107 famílias. Crianças com idades entre 6 e 11 anos e 55.7%
destas, foram identificadas pelos pais, como apresentando problemas no comportamento. Os
responsáveis, 90.7% eram as mães biológicas, com idades entre 22 e 59 anos e 51.9% estavam
desempregadas. Foi identificado que em 40.2% das famílias, havia registro de reincidência na
sinalização da CPCJ.
Os resultados mostram que os participantes avaliados pela primeira vez antes ou depois
da pandemia não diferem ao nível das variáveis dependentes. Ao longo do tempo, entre M1 e
M2 (tempo médio de 7.69 meses) verificou-se a diminuição significativa do stress percebido
pelos pais e marginalmente significativa do stress psicológico percebido pelas crianças. O efeito
da intervenção STP foi verificado na percepção de qualidade de vida das crianças,
demonstrando um aumento de M1 para M2 nos níveis de qualidade de vida percebidos pelas
crianças cujos pais receberam a intervenção.
No entanto a conclusão da investigação evidencia a necessidade de maiores pesquisas
sobre o assunto, principalmente sobre o ponto de vista das crianças. |
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