Predictive Factors for Cranioplasty Complications - A Decade Experience

• Main Author: Victor Shaul Dias Viegas
• Other Authors: Faculdade de Medicina
• Format: Others
• Language: English
• Published: 2021
• Subjects: Medicina clínica; Clinical medicine; Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica; Medical and Health sciences::Clinical medicine
• Online Access: https://hdl.handle.net/10216/134518

Introdução: Doentes previamente submetidos a craniectomia são geralmente submetidos ao procedimento de cranioplastia para restabelecer a estrutura do crânio, melhorar a proteção cerebral, a perfusão vascular e dinâmica do LCR. Apesar de serem frequentemente considerados como procedimentos minor, estudos de cranioplastias relatam frequentemente a ocorrência de complicações significativas. Este estudo visa identificar fatores preditivos de complicações pós-cirúrgicas da cranioplastia. Métodos: Realizámos um estudo retrospetivo unicêntrico num hospital terciário, analisando todos os pacientes submetidos a cranioplastia (CP) após craniectomia (CE) entre 2008 e 2019. A informação demográfica dos doentes, a história médica passada, as características da CE e da CP foram obtidas através dos registos hospitalares. "Complicações de CP" foram definidas como qualquer evento sintomático que tenha levado ou não a uma reintervenção cirúrgica, tais como: hemorragia intracerebral sintomática, hemorragia extradural ou subdural, hidrocefalia, infeção ou reabsorção óssea. Resultados: Foram incluídos trezentos e quatro doentes no estudo. Após revisão dos critérios de inclusão, 168 doentes foram considerados para análise (139 adultos, com uma idade média de 47.6±12.68 anos, e 29 pacientes pediátricos com uma idade média de 11.8±5.62 anos), com uma ligeira predominância de doentes do sexo masculino. A taxa de complicações total foi de 26,2%. Utilizando um modelo de regressão binomial, e controlando para idade e sexo, identificámos os seguintes fatores preditivos de complicação de CP: história de coagulopatia primária (risco 14,3 vezes superior, p=0,034); punção ventricular intra-operatória (risco 7,9 vezes superior, p=0,009) e relato de rutura da camada dural (risco 2,8 vezes superior, p=0,033). Estar a residir no domicílio na altura da cranioplastia apresentou-se como um fator protetor. Conclusão: Os procedimentos de cranioplastia merecem um enfoque contínuo na prevenção de complicações. A análise realizada demonstra que, para estes pacientes, as perturbações da coagulação, a necessidade de punção ventricular intra-operatória e a violação do limite dural intra-operatório durante o procedimento foram associadas a complicações. === Introduction: Patients previously submitted to craniectomy generally undergo cranioplasty procedures to reestablish cosmesis and benefit cerebral protection, perfusion and CSF dynamics. Frequently regarded as minor procedures, cranioplasty series repeatedly report major complication rates. This study aims to identify predictive factors of post-operative cranioplasty complications. Methods: We performed a retrospective single center study in a tertiary hospital, analyzing all patients submitted to cranioplasty (CP) following craniectomy (CE) between 2008 and 2019. Patients' demographic information, medical history, CE and CP characteristics were retrieved from hospital records. "CP Complications" were considered any symptomatic event that led or not to surgical re-intervention such as symptomatic intracerebral hemorrhage, extradural or subdural hemorrhage, hydrocephalus, infection or bone resorption. Results: Three-hundred and four patients were admitted to the study. After inclusion criteria were revised, 168 patients were considered for analysis (139 adult, with a mean age of 47.6±12.68 years-old, and 29 pediatric with a mean age of 11.8±5.62 years-old), with a slight male predominance. The total complication rate was 26.2%. Using a binomial regression model, and controlling for age and gender, we identified as predictive factors for CP complication: history of primary coagulopathy (14.3 fold risk increase, p=0,034); intra-operative ventricular puncture (7.9 fold risk increase, p=0,009) and reported breach of the dural layer (2.8 fold risk increase, p=0,033). Living at home before cranioplasty was identified as a protective factor. Conclusion: Cranioplasty procedures merit a continuous focus on complication avoidance. The analysis demonstrates that for these patients, coagulation disturbances, the need for intraoperative ventricular puncture and intraoperative dural limit violation during the procedure were associated with cranioplasty complications.