Amputação Traumática do Braço: Critérios de Reimplantação

Introdução: Os progressos nas técnicas e instrumentos microcirúrgicos adotados na reimplantação pós-traumática ao nível do braço permitiram taxas de sucesso de reimplante progressivamente maiores. A reimplantação ao nível do braço associa-se a maior risco de complicações, incluindo morte, quando com...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Francisca da Costa Lemos da Rocha Montenegro
Other Authors: Faculdade de Medicina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2021
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/134349
Description
Summary:Introdução: Os progressos nas técnicas e instrumentos microcirúrgicos adotados na reimplantação pós-traumática ao nível do braço permitiram taxas de sucesso de reimplante progressivamente maiores. A reimplantação ao nível do braço associa-se a maior risco de complicações, incluindo morte, quando comparado a reimplantes distais. Além disso, a viabilidade da reimplantação nem sempre é evidente. Esta revisão de literatura tem como objetivo reunir as indicações mais comummente utilizadas e os fatores a considerar na decisão de reimplantação do braço. Materiais e Métodos: Foi efetuada uma pesquisa dos artigos publicados nas bases de dados Medline (PubMed), ResearchGate e GoogleScholar referente aos critérios de reimplantação após amputação traumática ao nível do braço, entre 2014 e 2021. Foram incluídos 45 artigos, 2 dos quais prévios a 2014 pela sua pertinência para o tema. Resultados/Discussão: As indicações para reimplantação incluem pacientes estáveis, mecanismo de lesão cortante, tempo de isquemia quente inferior a 6-8 horas e fria inferior a 12 horas e ausência de comorbilidades ou lesões concomitantes graves. Nas crianças, estas indicações são habitualmente mais amplas. Como contraindicações, devem considerar-se pacientes instáveis, politraumatizados, lesões por esmagamento ou avulsão graves, tempo de isquemia quente superior a 6-8 horas ou fria superior a 12 horas e, ainda, ausência de condições cirúrgicas. De realçar que os sistemas de pontuação não devem ser usados isoladamente nesta decisão. Conclusão: A decisão entre reimplantação versus regularização do coto deve ser feita caso a caso por uma equipa pluridisciplinar, considerando sempre os objetivos e vontade do paciente. === Introduction: The advances in microsurgical techniques and instruments adopted in post-traumatic arm replantation have allowed progressively higher success rates. Arm replantation is associated with a higher risk of complications, including death, when compared to distal replantation. In addition, it is usually not possible to accurately predict the survival of the replantation. This literature review aims to gather the most commonly used indications and the factors to consider in the decision to replant the arm. Materials and Methods: A research of the articles published in the Medline (PubMed), ResearchGate and GoogleScholar databases was carried out regarding the criteria for replantation after traumatic amputation at the level of the arm, between 2014 and 2021. 45 articles were included, 2 of which were prior to 2014 due to their relevance to the topic. Results/Discussion: Indications for replantation include stable patients, sharp injury mechanism, warm ischemia time of less than 6-8 hours, cold ischemia time of less than 12 hours and absence of comorbidities or serious concomitant injuries. In children, these indications are usually broader. As contraindications, unstable or polytrauma patients, severe crush or avulsion injuries, warm ischemia time over 6-8 hours or cold ischemia time over 12 hours and absence of surgical conditions should be considered. In addition, scoring systems should not be used in isolation in this decision. Conclusion: The decision between replantation versus definitive amputation must be made on a case-by-case basis by a multidisciplinary team, always taking the patient's objectives and will into account.