Stress ocupacional, desempenho desportivo e identidade atlética: um estudo exploratório com atletas profissionais
A influência do stress no desempenho desportivo tem sido alvo de diversas investigações que atribuem ao desporto uma natureza potencialmente stressante, dadas as exigências que coloca aos atletas (Holt & Hogg, 2002). Todavia, o enfoque da maioria destes estudos tem sido direcionado para a verten...
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2021
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1343152021-12-22T05:59:47Z Stress ocupacional, desempenho desportivo e identidade atlética: um estudo exploratório com atletas profissionais Patrícia Sofia Ferreira da Silva Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Psychology Ciências sociais::Psicologia Social sciences::Psychology A influência do stress no desempenho desportivo tem sido alvo de diversas investigações que atribuem ao desporto uma natureza potencialmente stressante, dadas as exigências que coloca aos atletas (Holt & Hogg, 2002). Todavia, o enfoque da maioria destes estudos tem sido direcionado para a vertente disfuncional do stress. Contrariando esta tendência, este estudo aborda o fenómeno de forma mais integrativa, adotando o Modelo Holístico do Stress Ocupacional (Nelson & Simmons, 2003). Simultaneamente, sabendo que a forte identidade atlética é apontada em alguns estudos como fator que influencia a experiência de stress do atleta (Cabrita et al., 2018), pretendeu-se com este estudo explorar e descrever a influência do stress ocupacional no desempenho desportivo dos atletas e a sua relação com a identidade atlética. Para tal, foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas com atletas profissionais de várias modalidades procedendo-se, posteriormente, à Análise de Conteúdo Categorial (Bardin, 2011) dos dados, com recurso ao software de análise de dados qualitativos NVivo R1 by QSR. Os resultados obtidos demonstram que os atletas vivenciam tanto experiências de distress, como de eustress, ainda que haja uma predominância das fontes de distress identificadas. De entre estas, são as fontes associadas a fatores intrapessoais aquelas que se destacam enquanto que, no que respeita às fontes de eustress, são os aspetos relativos à competição os mais salientados. Ademais, diversos aspetos são, concomitantemente, apresentados pelos atletas como fonte de distress e de eustress, o que é coerente com a perspetiva holística adotada. No que às estratégias de gestão de stress diz respeito, os atletas recorrem a variadas estratégias de coping e de savoring, ainda que as últimas tenham sido referenciadas em menor número. Verificou-se ainda que os participantes identificam uma relação entre stress ocupacional com influência no desempenho desportivo e identidade atlética, relação que consideram proporcional. Outros estudos devem ser realizados para explorar mais detalhadamente esta relação, podendo também estes resultados constituir o ponto de partida para futuras investigações mais abrangentes quanto ao stress ocupacional em contexto desportivo, que não se restrinjam às vivências de stress negativas. 2021-12-20T02:11:20Z 2021-12-20T02:11:20Z 2021-07-07 2021-12-03 2022-01-06 Dissertação sigarra:478781 https://hdl.handle.net/10216/134315 202814068 por embargoedAccess application/pdf |
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A influência do stress no desempenho desportivo tem sido alvo de diversas
investigações que atribuem ao desporto uma natureza potencialmente stressante, dadas as
exigências que coloca aos atletas (Holt & Hogg, 2002). Todavia, o enfoque da maioria
destes estudos tem sido direcionado para a vertente disfuncional do stress. Contrariando
esta tendência, este estudo aborda o fenómeno de forma mais integrativa, adotando o
Modelo Holístico do Stress Ocupacional (Nelson & Simmons, 2003). Simultaneamente,
sabendo que a forte identidade atlética é apontada em alguns estudos como fator que
influencia a experiência de stress do atleta (Cabrita et al., 2018), pretendeu-se com este
estudo explorar e descrever a influência do stress ocupacional no desempenho desportivo
dos atletas e a sua relação com a identidade atlética.
Para tal, foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas com atletas profissionais
de várias modalidades procedendo-se, posteriormente, à Análise de Conteúdo Categorial
(Bardin, 2011) dos dados, com recurso ao software de análise de dados qualitativos NVivo
R1 by QSR. Os resultados obtidos demonstram que os atletas vivenciam tanto experiências
de distress, como de eustress, ainda que haja uma predominância das fontes de distress
identificadas. De entre estas, são as fontes associadas a fatores intrapessoais aquelas que se
destacam enquanto que, no que respeita às fontes de eustress, são os aspetos relativos à
competição os mais salientados. Ademais, diversos aspetos são, concomitantemente,
apresentados pelos atletas como fonte de distress e de eustress, o que é coerente com a
perspetiva holística adotada. No que às estratégias de gestão de stress diz respeito, os
atletas recorrem a variadas estratégias de coping e de savoring, ainda que as últimas
tenham sido referenciadas em menor número. Verificou-se ainda que os participantes
identificam uma relação entre stress ocupacional com influência no desempenho
desportivo e identidade atlética, relação que consideram proporcional.
Outros estudos devem ser realizados para explorar mais detalhadamente esta
relação, podendo também estes resultados constituir o ponto de partida para futuras
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